São Paulo, domingo, 28 de julho de 1996 |
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Peritos fazem vistoria nas sedes
ANDRÉ FONTENELLE
Peritos em terrorismo e explosivos vindos de Washington participaram da verificação. Foram os mesmos agentes que estiveram na investigação da explosão de um prédio do governo federal dos EUA em Oklahoma City, em 95. Soldados das Forças Armadas do país foram deslocados para patrulhar as sedes. Estas foram as primeiras providências da equipe de segurança dos Jogos para prevenir novos atentados. A rotina de segurança para a Olimpíada, no entanto, deve ser mantida, à princípio, como antes. A única alteração no cotidiano da cidade foi o fechamento das ruas próximas ao parque Centenário, local da explosão. "Estamos reavaliando, junto com o Comitê Olímpico e outros órgãos, se a segurança dos Jogos deve ser reforçada", disse Woody Johnson, agente do FBI encarregada da segurança olímpica. Os atletas foram avisados do atentado pelo comitê organizador e receberam a orientação de continuar competindo normalmente, conforme a programação original. Houve atrasos nas primeiras competições do atletismo, mas o calendário não deverá sofrer qualquer modificação. A Olimpíada, porém, está de luto. As bandeiras olímpicas foram hasteadas a meio-pau e um minuto de silêncio foi respeitado em todas as sedes de eventos. Segundo o comitê organizador, cerca de 80% da capacidade das sedes foram ocupadas ontem pelo público. O Acog atribuiu à chuva o fato de o estádio Olímpico não estar lotado. Denúncias Depois da explosão, a polícia recebeu alertas de bolsas abandonadas. Foram investigados 35 lugares diferentes. Nada foi encontrado. Foi posto à disposição do público um número de telefone especialmente para receber novas denúncias e informações. O FBI também pediu a quem tenha fotografado ou filmado o parque ontem à noite que colabore com as investigações enviando fotos ou vídeos ao órgão. Fantasma A preocupação com a segurança em Atlanta havia aumentado após a explosão de um avião da TWA, no dia 17, em Nova York. As suspeitas de que uma bomba tenha sido colocada na aeronave criaram um clima de apreensão em Atlanta. Revistas, barricadas, desvios no trânsito se tornaram rotina na sede olímpica. O procedimento não impediu que um homem armado entrasse no estádio Olímpico na cerimônia de abertura dos Jogos. Em entrevista à Folha antes do início das competições, o diretor de segurança do Acog, Bill Rathburn, afirmou que recebera ameaças de bomba, mas que não as considerava "sérias". (AFt) com agências internacionais Texto Anterior: Órgão olímpico promete 'lutar' Índice |
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