São Paulo, domingo, 28 de julho de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vendas rápidas estimulam construtoras

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de contar com poucos lançamentos, o Tucuruvi apresenta boa demanda por apartamentos -de acordo com o desempenho de vendas de alguns empreendimentos lançados recentemente.
A WCF Construtora e Comercial vendeu em apenas 15 dias as 32 unidades do edifício Carlos Magno. Os apartamentos são de dois dormitórios, têm área útil de 55 m2 e custaram R$ 55 mil.
Já a J. Bosco Imóveis demorou três meses para vender as 30 unidades do edifício Terralheiro, que fica próximo à estação Parada Inglesa. Com área de 60 m2 e dois quartos, os apartamentos custaram R$ 50 mil cada um.
"Vendemos em muito menos tempo do que esperávamos", diz Rodrigo Teixeira da Silva, 25, diretor da imobiliária. "Nosso marketing foi em cima do metrô."
Estréia
A construtora Boghosian comercializou seu primeiro edifício -Barão do Tucuruvi, com 64 unidades- no bairro em cinco meses. Os apartamentos, de 53 m2 de área útil, custaram R$ 70 mil.
Segundo o gerente de vendas da empresa, Valter Garcia, com a chegada do metrô os preços dos imóveis devem valorizar entre 10% e 15% (a estação Tucuruvi fica a 100 metros do prédio).
A construtora, que tem atuação mais forte na zona sul de São Paulo, está planejando outros investimentos no bairro da zona norte, onde está negociando duas áreas para incorporação.
Muitos terrenos
Segundo o corretor especialista em áreas para incorporação, Antonio Macias, 48, o Tucuruvi tem hoje pelo menos cem "terrenos vazios" para incorporação.
Esse tipo de terreno possui grande área e sobre ele há apenas um galpão ou antiga fábrica desativada. É o melhor tipo para ser usado em uma incorporação.
"Há muita coisa para explorar. A procura das construtoras deve aumentar", afirma.
Antes de as construtoras começarem a compor terrenos (compra de quatro ou cinco casas antigas para a construção de edifício), os "terrenos vazios" deverão ser ocupados, explica o corretor.
O Tucuruvi tem 15% de suas moradias em edifícios, contra 32% em Santana (bairro vizinho que cresceu em decorrência do metrô). A média na zona norte é 9,4%.
Para Antonio Macias, Santana ainda tem muitos terrenos para serem incorporados. Por isso, a verticalização do Tucuruvi deverá acontecer depois de esgotadas as possibilidades no bairro vizinho.
Hoje, esse tem melhor infra-estrutura. Conforme levantamento da Geomarket Estudos de Mercado, de agosto de 94 a março de 96, foram lançados ali 30 edifícios, contra apenas 7 no Tucuruvi.

Texto Anterior: A casa ideal
Próximo Texto: Especulação é o primeiro sinal
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.