São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 1996
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Média deste ano é semelhante à de 95

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar do aumento das ausências na Câmara durante o mês de junho, o número de faltas no primeiro semestre deste ano se manteve na média do ano passado.
No último semestre, houve 17,4 faltas por sessão. No primeiro semestre de 95, houve 14 faltas por sessão. No segundo, 19,4.
Foram registradas 645 ausências nas 37 sessões deliberativas da Câmara durante o último semestre -15 de fevereiro a 30 de junho. Na comparação com o ano passado foram excluídas as dez sessões realizadas durante a convocação extraordinária de janeiro.
O deputado mais faltoso foi o mineiro Sérgio Naya (PPB). No Senado, o título de mais ausente ficou com o tucano José Serra (SP).
O Senado realizou 66 sessões deliberativas ordinárias durante o semestre, 15 delas durante a convocação extraordinária do início do ano, que foi até 14 de fevereiro.
Apenas um senador -o líder do governo no Congresso, José Roberto Arruda (PSDB-DF)- compareceu a todas.
Na Câmara, um grupo de 106 deputados esteve presente às 47 sessões deliberativas do semestre.
O controle de presenças irrita alguns parlamentares, como o senador Ernandes Amorim (PMDB-RO), que teve 19,7% de ausências de janeiro a junho. "Os senadores são autoridades e não podem ser tratados como alunos de escola primária, tendo de responder à chamada todos os dias."
Amorim disse que entrará com requerimento pedindo o fim da obrigatoriedade da presença nas sessões do Senado. "O parlamentar tem de cuidar de outros interesses nacionais que não passam necessariamente pelo plenário."
O deputado Ibrahim Abi-Ackel (PPB-MG), que faltou a 25,5% das sessões, também acredita que o trabalho parlamentar não se resume às votações no plenário.
Entre os participantes das eleições municipais, o deputado Paulo Ritzel (PMDB-RS), candidato em Novo Hamburgo e ausente em 23,4% das sessões, queixou-se da impossibilidade de tirar licença para cuidar da campanha.
"Temos de ficar de um lado para o outro. A própria liderança do partido nos recomendou não pedir licença para que, quando houver uma votação importante, possamos vir a Brasília votar", disse.

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