São Paulo, segunda-feira, 29 de julho de 1996
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Pequeno comércio pode faturar mais

Consumidor deve comprar próximo de casa

ROGERIO SCHLEGEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos um setor está comemorando o aperto em que o rodízio deve meter o paulistano a partir da próxima semana: o pequeno varejo de alimentos.
Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios), diz que os supermercados de menor porte e mercearias devem ser beneficiados pela dificuldade de locomoção.
Ele diz que o pequeno comércio atende especialmente os bairros, mas disputa com grandes supermercados o mesmo consumidor.
No rodízio, vai ser mais difícil para esse cliente ir às grandes redes. "Isso tende a aumentar as vendas nos bairros", raciocina.
Tanaka prefere não arriscar um palpite de quanto isso pode aumentar no faturamento de seus 8.000 associados.
O segmento pode enfrentar demora nas entregas durante a operação, pois recebe muitos produtos transportados por utilitários, que não tiveram o mesmo privilégio dos caminhões e estão incluídos na proibição de circular.
"É provável que o fornecedor deixe acumular entregas nesse período", avalia.
Solução caseira
O próprio negócio de Tanaka será prejudicado, em alguma medida, pelo rodízio. Uma Kombi entrega compras em domicílio em cada um de seus dois supermercados.
As duas têm placa com final 2 e não poderão circular às segundas-feiras. Tanaka promete não se apertar: "Se a compra for grande, levo no meu carro particular para não perder o cliente."
Ele também vê solução para as sextas, quando o final 0 de seu carro estará vetado. Vai pilotar uma Kombi.
(RSc)

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