São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
Próximo Texto | Índice

Objetivo claro; Reserva estratégica; Estilo trator; Nuvens da política; Efeito Orloff; Surpresa indigesta; Rotina brasiliense; Orelhas quentes; Mais eficiente; Começo quente; Roupa nova; Se mancou; Começo de governo; Previsão ruim; Tucanos selvagens; Tucanos mansos

Objetivo claro
FHC descarta que a queda de Domingo Cavallo sirva como alerta para corrigir o Real. "No Brasil, o Cavallo não está no ministério. Está no Planalto. E sabe que precisa de crescimento", diz um membro do tucanato.

Reserva estratégica
No xadrez da reforma ministerial, três embaixadas estão no tabuleiro, para eventuais acomodações: Buenos Aires, Paris e Madri. Os titulares já se encontram nos postos há mais de quatro anos. Podem ser mudados.

Estilo trator
Serjão é o pesadelo de plantão dos pefelistas que querem votar a reeleição entre 15 de novembro e 15 de dezembro. O PFL teme que, com a habitual inabilidade, o ministro das Comunicações coloque tudo a perder.

Nuvens da política
Um ministro de FHC esteve com Domingo Cavallo há cerca de um mês. O brasileiro disse que achava que o argentino seria candidato a presidente. "O Menem já acenou. Hoje, as chances são de 95%", respondeu Cavallo.

Efeito Orloff
Amin (PPB-SC) considera a queda de Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia da Argentina, um aviso a FHC e companhia. "Veio o primeiro sinal de exaustão dos planos de estabilidade sem crescimento."

Surpresa indigesta
Um rato de quase vinte centímetros deu o ar da graça, ontem, no restaurante do Palácio do Planalto. Na hora do almoço.

Rotina brasiliense
O primeiro dia útil após a queda do ministro argentino Domingo Cavallo encontrou toda a diretoria do Banco Central fora de Brasília. Só Gustavo Loyola, com a família de férias na cidade, permaneceu a postos.

Orelhas quentes
Na conversa que teve com 47 médicos, em São Paulo, FHC deixou Adib Jatene (Saúde) propositadamente de fora. Para não inibir as críticas. Houve consenso de que é preciso aumentar a fiscalização do setor.

Mais eficiente
Para Duda Mendonça, que faz a campanha de Pitta (PPB), a propaganda na TV atingirá o eleitorado mais cedo que em outros pleitos. "Os comerciais são mais fáceis de ser vistos. Em uma semana, 80% já terão assistido."

Começo quente
Além da eficiência dos comerciais, Duda Mendonça acha que haverá pouco espaço para grandes quedas ou subidas de candidatos após três semanas de TV. Por isso, prevê: "Até 20 de agosto, a eleição estará decidida".

Roupa nova
A campanha de Erundina (PT) já tem oito comerciais de 30 segundos prontos. Três tratam de propostas específicas: renda mínima, saúde e bilhete único. Os outros, mais gerais, investem em uma imagem "light".

Se mancou
Brizola se antecipou a uma constrangedora dispensa. Avisou à campanha de Rossi (PDT) que os paulistanos têm "preconceito" contra ele. E que ajudaria mais ficando no Rio.

Começo de governo
Um malufista ironiza a tese de que Serra deva pegar ainda mais caronas nas obras da administração tucana no Estado de São Paulo para viabilizar sua candidatura a prefeito: "É bom. Assim ele dá posse ao Covas".

Previsão ruim
Caciques petistas acreditam que Erundina pode cair nas pesquisas no horário eleitoral. Avaliam que os outros candidatos, que são menos conhecidos do que a petista, subam um pouco.

Tucanos selvagens
Há tucanos que defendem que Serra deva aumentar o tom crítico em relação a Pitta. Pensam que é difícil tirar uma das vagas de Erundina no segundo turno paulistano. Restaria ao tucano escolher o adversário e bater.

Tucanos mansos
No staff da campanha de Serra, porém, a decisão é começar o horário eleitoral falando do tucano e de suas propostas. Avalia-se que pode ser Rossi (PDT), e não Pitta (PPB), o obstáculo para ir ao segundo turno.

TIROTEIO
Do deputado Franco Montoro (PSDB-SP), sobre o fato de os malufistas acreditarem que o candidato Celso Pitta (PPB) já está no segundo turno da eleição paulistana:
- Isso é coisa de amador. Tradicionalmente, quem começa na frente perde no final.

Próximo Texto: Imprevistos do jogo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.