São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996 |
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BC ajusta minibanda cambial em 0,2%
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
Assim, o BC interrompeu as já tradicionais doses homeopáticas de 0,1% em cada mudança. A desvalorização acumulada no mês deve ficar em 0,6%, dentro das expectativas dos operadores que não acreditam em novas correções entre hoje e amanhã. O Banco Central (BC) entrou firme nos negócios, bem no início das operações. O piso da cotação do dólar comercial passou a R$ 1,010 e o teto, a R$ 1,0150. Isso quebrou a relativa tranquilidade na qual as mesas de câmbio vinham trabalhando na manhã de ontem. Um operador disse que o BC acabou colocando mais "lenha na fogueira". Havia muita expectativa quanto aos efeitos da saída do ministro Cavallo (símbolo da estabilidade cambial portenha) na economia argentina, que poderiam respingar na economia brasileira. O dólar comercial estava cotado na abertura dos negócios a R$ 1,0093 para compra e a R$ 1,0095 para venda. Os mercados futuros de câmbio vinham sinalizando queda em todos os meses de negociação. Após a intervenção do BC, o dólar comercial subiu para R$ 1,013 (venda), e os contratos futuros de câmbio ganharam impulso. No fechamento do dia, o dólar comercial recuou para R$ 1,010 na compra e R$ 1,0101 na venda. A intervenção do BC antecipou a correção, que poderia ser feita até amanhã, e também o nervosismo, disseram os analistas. O dólar paralelo, que chegou a bater em R$ 1,040 para venda, acabou fechando estável em R$ 1,035. Ao longo do dia, o mercado cambial voltou à normalidade, quando as notícias sobre a Argentina sinalizavam para um cenário sem grandes turbulências. Em Buenos Aires, o índice Merval fechou em alta de 2,84%, garantindo uma dose adicional de otimismo. Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), o volume financeiro das operações ficou em R$ 259 milhões, o menor desde 20 de junho passado. O índice Bovespa fechou em queda de 0,98%, com 59.093 pontos. Texto Anterior: Micros se recuperam, diz CNI Próximo Texto: Francal quer escoar 2 meses de produção Índice |
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