São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996
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Inexperiência derrota equipe

ANDRÉ FONTENELLE
DO ENVIADO A ATLANTA

Para Joaquim Cruz, a falta de experiência é a causa dos maus resultados dos brasileiros no atletismo. Até ontem à tarde, nenhum passara do estágio das semifinais.
"A maioria dessa garotada que está aí saiu do Troféu Brasil para a Olimpíada. E você jamais vai adquirir um resultado positivo dando esse pulo tão grande."
Após a Olimpíada, um congresso de treinadores com a Confederação Brasileira de Atletismo pode rever o critério de seleção dos atletas para Mundiais e Olimpíadas, para levar ao exterior equipes menores e mais fortes.
Pelo critério atual -o chamado "índice A" da Federação Internacional-, 41 atletas se classificaram (contra 26 em Barcelona). A CBAt pensa em estipular um índice ainda mais forte, equivalente ao 16º lugar do Mundial anterior.
A delegação brasileira também atribui parte dos maus resultados ao azar.
Foi o caso de Nélson Ferreira Jr., candidato a medalha no salto em distância. Ele sofreu um estiramento na coxa direita anteontem, no segundo salto da eliminatória. Ferreira nunca havia sofrido contusão do gênero em sua carreira.
No caso de Joaquim Cruz, faltou sorte na distribuição das baterias eliminatórias dos 1.500 m. Caiu na do recordista mundial, Noureddine Morceli, da Argélia.
Segundo Cruz, Morceli impõe outro nível aos 1.500 m. "Os outros correm para 3min30s. Ele corre nos 3min20s. Era assim comigo. Meu maior objetivo, de 83 a 88, era correr os 800 m abaixo de 1min40s, enquanto os outros treinavam para 1min42s, 1min43s."
(AFt)

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