São Paulo, terça-feira, 30 de julho de 1996![]() |
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As panteras
MELCHIADES FILHO A seleção feminina de basquete tem sido uma grande surpresa nesta Olimpíada.Não pelas cinco vitórias em Atlanta -afinal, o time é campeão mundial, e o troféu "zebra-96" pertence mesmo ao futebol feminino. O que tem espantado na equipe de Hortência, Paula e Cia. é o esquema de jogo. Invicto, o time vem trabalhando muito a bola, remando contra a escola brasileira. Pensa antes de passar, correr e -viva!- arremessar. Não dá para saber até onde vai o dedo do técnico Miguel Ângelo, nem o limite da genialidade de Paula, uma das melhores destes Jogos. Mas o diferencial do time é evidente. A veterana Marta e as novatas Alessandra e Leila formam talvez o melhor "miolo" que a seleção já teve. Pela primeira vez, a equipe tem opções de ataque sob a tabela -o estilo da seleção sempre primou pelo jogo de perímetro e pelos tiros de longa distância, que, aliás, consagraram Paula e Hortência. Nas quatro primeiras rodadas, as negras Marta, Alessandra e Leila responderam com 39 pontos e 23 rebotes por jogo -44% e 60% do total do time. Leila Sobral, 21, é a versão melhorada, disciplinada, de Marta Sobral, 32 -ambas, alas-pivôs versáteis. As duas irmãs estão jogando tão bem que já ficaram conhecidas na Vila Olímpica, e na TV dos EUA, como "Sobral Sisters". Já Alessandra (nossa, como é bonita!), 22, justifica por que foi a melhor reboteira do Mundial Júnior de 93. Anulou, por exemplo, a mais alta jogadora em Atlanta -a chinesa Haixia, 2,04 m, fez apenas três pontos no sábado. Alessandra precisa ainda aprender a se preservar das faltas e melhorar nos lances livres (apenas 42% de acerto), que pintam muito para quem, como ela, joga perto da cesta. * Boa, Janeth! Texto Anterior: Rio recebe medalhistas pela manhã Próximo Texto: Você sabia?; Fique de olho; Números, números... Índice |
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