São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996 |
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Corregedoria apura denúncia de agressão de PM a estudante
BETINA BERNARDES
Segundo R.A.G., que mora no bairro, ele e o amigo F., 17, voltavam da casa de um colega quando dois PMs os pararam. R.A.G. diz que os PMs estavam alcoolizados. "Eles mandaram a gente encostar na parede e perguntaram onde estava o crack", afirma. O estudante, que faz chaveiros, diz que estava com quatro rolos de filme, usados nas peças. "Eu dei os rolos e disse que não tinha droga. Um deles, de nome Edésio, começou então a apertar meus órgãos genitais", conta. O estudante diz que o soldado mandou que ele parasse de gritar. "Eu gritei mais ainda, aí ele me deu uma coronhada na cabeça." "O outro PM, que não bateu, quando viu o sangue escorrendo da minha cabeça devolveu os filmes e mandou a gente ir embora." A.R.G. e F., que nada sofreu, saíram correndo. Na rua João Cachoeira, um carro da PM parou ao ver R.A.G. sangrando. "Eu contei o que tinha acontecido, e fomos procurar os dois PMs." Os PMs acusados foram localizados e levados ao 15º DP, com os dois estudantes. R.A.G. fez exame de corpo de delito no hospital da PM, e o soldado Edésio Donato fez exame de dosagem alcoólica. O coronel Paes de Lira, da Corregedoria da PM, diz que foi aberto um inquérito policial-militar. "O tenente de serviço, que localizou os PMs, os encaminhou até o quartel, onde foram retiradas suas armas. Os dois PMs, apesar de estarem fardados, estavam de folga. No registro do caso consta que eles teriam ingerido bebida alcoólica." A Folha tentou falar com o soldado Edésio ontem. Foi informada que ele só estaria no local às 19h. Ao ligar às 18h40, foi informada de que o soldado havia ido embora. Texto Anterior: Acusado de matar empresário é preso Próximo Texto: Turista alemão é assassinado a tiro no RJ Índice |
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