São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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Feminino já teme desemprego

DA REPORTAGEM LOCAL

As jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol temem ficar desempregadas ao retornar ao Brasil.
O contrato das atletas com a Sport Promotion, empresa que administra a seleção feminina, termina após os Jogos Olímpicos.
A empresa admite renovar o contrato de algumas jogadoras, mas não de todas.
A idéia é iniciar o processo de renovação da seleção feminina, cuja média de idade é de 27 anos, a mais alta entre as quatro equipes finalistas da Olimpíada.
A goleira Meg, 40, voltou a criticar a falta de apoio ao esporte no Brasil.
"Não é fácil treinar assim", disse. "Tenho medo que depois da Olimpíada todo mundo volte a esquecer o futebol feminino."
O técnico José Duarte concorda com a goleira. "Algumas das nossas jogadoras eram subnutridas", afirmou. "A maioria passou por problemas na infância, não foi fácil desenvolver nosso trabalho."
O treinador assumiu a equipe em dezembro. Na ocasião, convocou 32 jogadoras.
"Foi um trabalho difícil. Reduzimos o grupo para 19, ficamos em concentração total desde o começo do ano e só nos Estados Unidos convocamos as 16 melhores", explicou o treinador.

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