São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996
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Brasil ganha bronze na Tornado

MAURICIO STYCER
ENVIADO ESPECIAL A ATLANTA

O velejador brasileiro Lars Grael conquistou ontem a medalha de bronze na classe Tornado do iatismo, disputada na raia de Savannah (400 km a leste de Atlanta).
Antes do início da regata, Grael ocupava o quinto lugar na classificação geral. Ele conseguiu a medalha após terminar a prova em terceiro, à frente de seus dois competidores diretos, um barco norte-americano e um francês.
Grael teve como proeiro (ajudante que auxilia no contrapeso) o velejador Kiko Pellicano.
A medalha de ouro foi vencida com uma regata de antecipação pelo espanhol Fernando Leon. A de prata foi ganha ontem pelo australiano Andrew Landenberg.
Terceira medalha
Hoje, o Brasil vai ganhar a sua terceira medalha no iatismo.
O velejador Robert Scheidt, bicampeão mundial na classe Laser, entra, às 13h, na raia de Savannah, com uma única preocupação: "Segurar o inglês por trás".
Explicação: Scheidt lidera a competição e somente um velejador, o britânico Ben Ainslie, ainda é capaz de lhe tirar a medalha de ouro na última regata que falta.
"Se der tudo errado, não vou ficar chateado. Estou superfeliz com a medalha de prata. Mas, como tenho a chance do ouro, vou fazer tudo para ganhar a medalha."
Para ficar com a medalha, Scheidt não vai velejar pensando em ganhar, mas apenas em impedir Ainslie de chegar a sua frente. "Seria muito arriscado fazer uma regata só minha, pensando em vencer. Pode entrar um vento bom para ele e um ruim para mim, e aí o resultado se torna imprevisível."
Scheidt vai tentar velejar colado no rival, mas sabe que "ele deve estar preparando alguma coisa para evitar isso".
Scheidt conta em Savannah com a torcida dos pais, Fritz e Karin, que não perdem uma regata.
Aos 23 anos, neto de alemães, Scheidt é um dos maiores iatistas da atualidade. Bicampeão mundial na classe Laser em 95 e 96, foi apontado como favorito ao ouro pelas principais publicações esportivas internacionais.
"Olimpíada é totalmente diferente de Mundial. A pressão é maior e, ainda por cima, cheguei aqui com todo mundo dizendo que eu ia ganhar uma medalha."

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