São Paulo, quarta-feira, 31 de julho de 1996 |
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Veneza saúda 'beats' e discute 3º milênio
AMIR LABAKI
O último festival sob a gestão do cineasta Gillo Pontecorvo, 76, acontece entre 28 de agosto e 7 de setembro próximo. Apenas 15 dos 18 ou 19 filmes em competição foram anunciados. Os restantes e a lista de jurados serão anunciados nos próximos dias. Até Pontecorvo reconhece na relação certo eurocentrismo (dez dos 15 títulos). Os destaques são Godard falando da guerra civil iugoslava ("Forever Mozart"), Ken Loach e a revolução sandinista ("Carla's Song"), a volta do grande Volker Schlondorff ("O Ogro", com John Malkovich), a história irlandesa segundo Neil Jordan ("Michael Collins"). Mais uma vez é a produção independente americana que marca presença. Abel Ferrara leva "The Funeral", enquanto "Basquiat" marca a estréia no cinema do artista plástico Julian Schnabel. A produção hollywoodiana impera no ciclo paralelo "Noites Venezianas". Francis Ford Coppola deve roubar a cena com "Jack", biografia de Kerouac ("On The Road"). Mas, entre outros, lá estarão o fenômeno "Independence Day" e o novo faroeste de Walter Hill, "Last Man Standing". Até aqui, apenas três longas das chamadas cinematografias nacionais participam da disputa. A nova onda de Taiwan concorre com "Buddha Bless America". Os dois outros são latino-americanos: "Ilona Llega con Lluvia", do colombiano Sérgio Cabrera, e "Profundo Carnesi", do mexicano Arturo Ripstein. Apenas um filme brasileiro tem presença confirmada. Fora de competição, será exibido o documentário "Bahia de Todos os Sambas", de Gustavo Dahl e Paulo César Saraceni, sobre um show de MPB na Roma dos anos 70. "Tieta", de Cacá Diegues, ainda em fase de finalização, concorre ainda a uma das vagas na lista definitiva de competidores pelo Leão de Ouro. (AL) Texto Anterior: 'The Fan' trata de desilusão Próximo Texto: Os filmes do festival Índice |
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