São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Governo vai pôr à venda participações minoritárias

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CND (Comissão Nacional de Desestatização) adotou ontem duas decisões importantes em reunião no Palácio do Planalto.
Os funcionários da Companhia Vale do Rio Doce terão direito a adquirir 10% das ações da empresa, que irá a leilão no primeiro trimestre do ano que vem.
As participações minoritárias do governo ou de estatais em 174 empresas (privadas ou não) serão vendidas a partir de agosto, em leilões semanais.
Apesar dessas ações terem valor patrimonial superior a R$ 100 milhões, o governo estima que arrecadará apenas R$ 35 milhões com essas participações.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) terá autonomia para fazer os leilões de forma descentralizada, sem necessidade de submetê-los individualmente ao CND.
As informações são do vice-presidente do BNDES, Pio Borges. Ele disse que a escolha da empresa de auditoria que fará a modelagem da venda de dez usinas hidrelétricas e termelétricas será decidida em setembro. Essas usinas integram o primeiro grupo de leilões.
A empresa que fará a modelagem da venda dos sistemas de energia de Manaus e Boa Vista será conhecida em outubro. "O governo espera vender as usinas até o início de 97", disse. O terceiro grupo, que integra usinas em Rondônia, Acre e Amapá, ficará para depois.
Segundo Pio, após as vendas, o governo vai separar os sistemas de transmissão federais e o resto dos ativos, para venda das empresas.
Até o final do ano, Angra 1 e 2 serão retiradas de Furnas e transferidas para a Nuclen, deixando essa estatal pronta para venda. A transmissão continuará federal.

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