São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996 |
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Diadema vai boicotar lei
FÁBIO ZANINI
"O rodízio só traz transtornos e não soluções. Outras medidas, como a regulagem dos escapamentos dos veículos, são mais eficazes", afirmou Jorge Hereda, secretário municipal de Habitação e Desenvolvimento Urbano, a quem o setor de trânsito é subordinado. O secretário Fábio Feldmann não havia se manifestado sobre a decisão até as 21h30. Reação A partir da próxima segunda-feira, cerca de 50 estudantes e escoteiros recrutados pela prefeitura vão distribuir aos motoristas uma "Carta Aberta à População", em que são feitas críticas ao rodízio. Os funcionários do Departamento de Trânsito não vão aplicar as multas de R$ 100,00 aos motoristas que desrespeitarem o rodízio. Esse trabalho terá de ser feito apenas pela Polícia Militar. As prefeituras das cidades envolvidas no rodízio não têm a incumbência de fiscalizar e multar os motoristas, atribuição que é do governo estadual. Além disso, a prefeitura vai dar orientação gratuita às pessoas que quiserem recorrer judicialmente das multas que vierem a sofrer. "O governo estadual impôs o rodízio, sem sequer ouvir as prefeituras das cidades atingidas, que têm suas particularidades", afirmou Carlos Henrique de Oliveira, coordenador da equipe do Meio Ambiente da prefeitura. O principal ponto criticado pela prefeitura é exclusão dos caminhões do rodízio. A cidade é cortada pelo sistema Anchieta-Imigrantes e pelo Anel Rodoviário Metropolitano, corredor viário que liga a região do ABC ao bairro do Jabaquara, na capital. "Por causa disso, Diadema recebe diariamente um enorme volume de caminhões", afirmou Danilo Soares, diretor do Departamento de Transportes de Diadema. Texto Anterior: Secretaria tenta derrubar liminar hoje Próximo Texto: Congresso em BH discute educação Índice |
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