São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Laudo aponta embriaguez de motorista em acidente

Ônibus caiu de ponte em fevereiro, em MG, e 31 morreram

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Laudo de exame toxicológico divulgado anteontem pelo IML de Belo Horizonte (MG) aponta que o motorista João Nunes de Oliveira, da Viação São Geraldo, estava embriagado no momento do acidente que provocou a morte de 31 pessoas, na madrugada de 21 de fevereiro, em Caeté (MG).
Ele dirigia o ônibus placas GKW-1105, quando o veículo caiu de uma ponte na BR-262 (que liga Belo Horizonte a Vitória/ES). A perícia apurou que o ônibus derrapou na pista molhada. O motorista morreu no acidente.
O exame apontou a presença de nove decigramas de álcool por litro de sangue. Acima de 7,99 decigramas, ou o equivalente a dois copos de cerveja, é considerado como estado de embriaguez.
O delegado Orivelton Soares Pacheco, de Caeté (53 km de Belo Horizonte), que investiga o acidente, afirmou que vai consultar um especialista em toxicologia antes de concluir o inquérito.
Segundo o advogado de famílias das vítimas, Antônio Good God, o laudo do IML poderia servir de agravante em um processo criminal contra o motorista se ele tivesse sobrevivido, mas não influi em um processo contra a empresa.
Famílias de 20 vítimas estão processando a viação São Geraldo para conseguir indenização.
O gerente jurídico da Viação São Geraldo, Humberto Marcos Moreira Pessoa, informou que a empresa vai solicitar ao IML um novo exame toxicológico. Ele afirmou que o resultado do exame não muda a responsabilidade civil da empresa no acidente. "Cabe à empresa transportar o passageiro em segurança até o destino da viagem."

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