São Paulo, quinta-feira, 1 de agosto de 1996
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Olacyr de Moraes prevê um mês para renegociar dívidas

'Rei da soja' tem débitos de US$ 450 mi e reclama dos juros

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Itamarati, um dos 30 maiores grupos privados do país, tem até um mês de prazo para renegociar suas dívidas de curto prazo, avaliadas em US$ 450 milhões.
A previsão é do presidente do grupo, o empresário Olacyr de Moraes, 65. "A negociação tem de ser rápida. Temos fornecedores para pagar e não podemos esperar", diz o empresário, que calcula que essa renegociação deva durar entre 15 dias e um mês.
Atualmente, Olacyr descarta uma possível concordata. "Esse seria o último recurso e há interesse entre os credores de nos ajudar a sair do sufoco", diz o empresário.
Renegociação
Na segunda-feira passada, a equipe de Olacyr, liderada por Antônio Luiz Teixeira, começou a renegociar as dívidas com os credores. Há um mês, o empresário abriu mão do controle do Banco Itamarati para diminuir débitos.
Olacyr diz que os problemas de liquidez começaram há dois anos, causados, principalmente, pelas taxas de juros.
Hoje, o "rei da soja" paga juros de 4% a 5% ao mês. No mercado, a informação é que o Itamarati pleiteia algo próximo ao acordo fechado com credores pelo grupo João Santos -8% ao ano e prazo de oito anos.
A dívida do grupo beira US$ 1 bilhão, grande parte com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

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