São Paulo, sexta-feira, 2 de agosto de 1996![]() |
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Olimpíada muda 'cara' das férias
ALEXANDRE GIMENEZ
"Deixei de ir ao shopping center e sair com os amigos para assistir às competições", disse o estudante Maurício Quintas, 14, que retornou às aulas na quarta-feira. Enquanto as equipes brasileiras iam ganhando, essa "troca" não era sentida pelo estudante. "Ontem (quarta-feira), deixei de andar de patins para assistir ao jogo do Brasil com a Nigéria, pelo torneio de futebol. Deveria ter ficado com os patins", disse Quintas. Coisas de casal Além das férias, a Olimpíada modificou o relacionamento dos casais de namorados. "Tinha marcado um encontro com minha namorada no dia do jogo entre Brasil e Nigéria. Tive que desmarcar", disse o estudante Eduardo Calbucci, 20. Para evitar uma possível crise conjugal, o estudante convidou a amada para acompanhar a partida da seleção olímpica na sua casa. "Ela estava viajando há uma semana", disse. Somando a programação das emissoras de sinal aberto e fechado, são cerca de cem horas diárias de Olimpíada na TV brasileira, entre competições, boletins e programas especiais. Alguns canais têm programação 24 horas voltada para as competições de Atlanta e região. "Assisto às competições pela TV pelo menos seis horas por dia", disse Eduardo. "Parei de sair de casa", completou. Apoio familiar Rodrigo Calbucci, 17, irmão de Eduardo, é cúmplice na "blitz" olímpica pela TV. Ele também está fascinado pela variedade de eventos esportivos que estão sendo transmitidos pelo televisão. "Assisto umas cinco horas por dia", disse. Mas Rodrigo tem críticas a fazer sobre a atuação dos locutores e comentaristas durante a transmissão das competições. "Tem alguns que são muito ruins. Trocam os nomes dos atletas e não sabem direito o que está acontecendo nas competições", disse Rodrigo. Texto Anterior: Olimpíada Johnson quebra recorde e tabu Próximo Texto: Jogos fazem estudante renunciar a vida noturna Índice |
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