São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Dupla estava bem vestida e usava celular

DA REPORTAGEM LOCAL

O segurança Sebastião Ferreira Guerra, uma das pessoas rendidas no assalto à casa do advogado Hélio Falchi, afirmou no início da noite de ontem que os dois ladrões estavam bem vestidos. Um deles portava telefone celular.
"Eles não tinham gíria de malandro. Eram de boa aparência, brancos, jovens. Estavam vestidos de calças jeans e usavam tênis de marca", disse Guerra, que sofreu queimaduras leves nas duas mãos e no pescoço.
O segurança, que trabalha na rua Laerte Assunção há 22 anos, declarou que nunca viu os dois homens que assaltaram a casa, mas que talvez pudesse reconhecê-los se os visse novamente.
"Como eles estavam de gorro, não deu para guardar muitos detalhes", afirmou.
Além disso, segundo Guerra, os assaltantes não permitiam que os reféns olhassem diretamente para eles.
Ele afirmou também que outras duas pessoas, que estavam em um Opala estacionado na esquina da rua, aguardavam os dois assaltantes.
"Eles foram muito violentos. Não precisavam fazer uma coisa daquelas", afirmou o segurança, se referindo à atitude dos assaltantes, que torturaram e atearam fogo no advogado.
"Foi uma perversidade muito grande. Eu não acreditei que eles pudessem fazer isso, mas fizeram", afirmou Guerra, mostrando as queimaduras nas mãos.
"Se a gente não conseguisse dominar o fogo, todo mundo ia morrer queimado", afirmou.
Segundo o segurança, Hélio Falchi é advogado aposentado, mas ainda mantém um escritório.
Wanda Maria Caselli Falchi, mulher do advogado, foi para a casa de uma filha após sair do hospital, no início da tarde.
"Ela estava muito nervosa e precisou tomar calmantes." O segurança afirmou que o casal tem outro filho.
Guerra disse que assaltos a casas não são muito comuns na região. "Aqui tem muito roubo de carros."

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