São Paulo, sábado, 3 de agosto de 1996
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Galeristas aprovam iniciativa

Curadoria é elogiada

DA REDAÇÃO

O mapeamento das artes plásticas contemporâneas no Brasil realizado pelo projeto "Antarctica Artes com a Folha" e a seleção dos artistas com menos de 32 anos pelos cinco curadores do evento (Lisette Lagnado, Lorenzo Mammi, Stella Teixeira de Barros, Nelson Brissac Peixoto e Tadeu Jungle) agradou alguns dos galeristas mais importantes do país.
Marcantonio Vilaça, da Camargo Vilaça, comentou a falta de iniciativas semelhantes ao "Antarctica Artes com a Folha" e a falta da participação da iniciativa privada no apoio à cultura, especialmente nas artes plásticas.
Também elogiou os critérios de seleção. "Foi muito bom o modo como a escolha foi feita, com visita a ateliês, e não baseada em currículos. Achei interessante a lista não ter se pautado por um conceito geográfico, e sim pela qualidade de produção. Conheço boa parte da lista, há grandes nomes. Vai ser um grande complemento à Bienal Internacional de São Paulo", disse.
A galerista Adriana Penteado concorda. "O projeto é muito legal, pois permite conhecer artistas de outros Estados. A mostra vai ser um ótimo contraponto à Bienal."
O carioca Thomas Cohn também aprovou o método do levantamento. "A idéia parece boa. Uma pesquisa desse tipo, com gente séria, nunca foi feita antes. Para mim, como galerista, é uma boa referência, especialmente no caso dos artistas de áreas que não costumo visitar, como João Pessoa, Goiânia."
Valu Oria foi outra galerista que elogiou a proposta do projeto e sua curadoria. "Foi uma iniciativa maravilhosa, especialmente pelo ótimo nível dos curadores e pela seriedade do projeto. A busca envolveu jovens artistas do Brasil inteiro que não costumam entrar no circuito comercial", disse.
Regina Boni concorda. "O projeto é fantástico, ainda mais agora, um momento de fragilidade em uma arte que sempre foi vigorosa. É importante que surjam novas idéias, novos nomes, novas possibilidades", disse.
Luisa Strina também acredita que o levantamento ajudará galeristas e marchands. "Não é importante se os artistas são bons ou não. O importante é a movimentação que gerou, a chance dada aos jovens artistas. É importante essa exibição junto à Bienal, quando teremos presença de curadores estrangeiros", disse.
Marília Razuk elogiou a iniciativa da Antarctica e a boa curadoria. "O fato de uma empresa de porte estar interessada em incentivar as artes plásticas é muito favorável. Já vi muita verba de empresa ser jogada no lixo pela falta de pessoas especializadas. A única coisa que prejudicou o projeto foi terem fixado uma idade máxima para os selecionados. Impediu que muita coisa boa fosse mostrada."
Ricardo Trevisan, da Casa Triângulo, também tem ressalvas. "Não teria muito como fugir disso do eixo Rio-São Paulo-Belo Horizonte.

* ONLINE - http://www.uol.com.br/fsp/antarct/ é o endereço do projeto na Internet

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