São Paulo, domingo, 4 de agosto de 1996
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Empresas lucram com 'imperfeições'

PRISCILA LAMBERT
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Muitas empresas estão de olho no crescente mercado de consumidores formado por diabéticos, alérgicos e deficientes físicos.
Mas, para se sustentar nesse segmento, todos os fabricantes e fornecedores advertem que é preciso vender produtos de alta qualidade.
"É um consumidor muito exigente, que precisa de cuidados especiais. Antes de tudo, devemos conquistar a confiança do cliente", afirma Orlando de Carvalho, 52, dono da empresa de aparelhos cirúrgicos e ortopédicos Carci.
A confecção de produtos e equipamentos para esse setor é trabalhosa e cara. Apesar da dificuldade de se estabelecer no mercado, empresários do setor reclamam da margem de lucro que praticam, que varia de 10% a 40%.
Já os diabéticos representam 7,6% da população brasileira, o que significa mais de 11 milhões de clientes.
Em São Paulo, a empresa No Limits, de alimentos dietéticos, comemora a grande procura por seus produtos.
Segundo a proprietária Clara Birsztein Kanner, 33, a fábrica tem quatro funcionários que produzem por mês cerca de 240 quilos de biscoitos e 200 quilos de chocolates dietéticos.
"Não sobra nada", diz Clara, que distribui suas mercadorias para lojas de produtos naturais e dietéticos de vários Estados.
"O segredo é pesquisar muito sobre a matéria-prima que pode ser usada."
Para isso, Clara consulta um bioquímico, que a orienta quanto ao uso dos adoçantes artificiais e conservantes, e uma nutricionista. O faturamento da No Limits fica em R$ 5.400 por mês. A margem de lucro é de 17%.

LEIA MAIS sobre empresas nas págs. 9-2 e 9-4

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