São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996 |
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Viúva critica discriminação
DE BUENOS AIRES A paraguaia Zunilda González, 39, que vivia com Elias Faria em Buenos Aires desde 94, disse ontem que o brasileiro se considerava discriminado pelos argentinos."Ele reclamava muito da forma como os estrangeiros são tratados", disse Zunilda. Ela concorda com a avaliação. Zunilda reclamou da existência de um "pacto de silêncio" sobre o crime. "A rua estava cheia de gente, mas não conseguimos uma testemunha sequer. Todos diziam que não viram nada." Moradores da pensão onde o casal vivia descreveram Faria como uma pessoa alegre e tranquila. Um de seus passatempos era tocar violão em um bar dos arredores. O brasileiro morreu no momento em que tentava legalizar sua permanência no país. Estava pagando impostos e imprimindo um talão de recibos, o que lhe permitiria assinar contratos de prestação de serviços. Seu último emprego foi em uma construtora. Era o encarregado da instalação de toda a parte elétrica em um condomínio. Faria tinha três filhos do primeiro casamento, que vivem em Guaratinguetá (SP). Eles devem chegar hoje a Buenos Aires para discutir o possível traslado do corpo para o Brasil. Zunilda disse que não tem dinheiro para pagar o funeral. Texto Anterior: Jornal iniciou clima tenso Próximo Texto: Olimpílulas - 9 Índice |
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