São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996 |
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Medalha é estopim de mudanças Revezamento pede apoio ANDRÉ FONTENELLE
"Agora os técnicos têm que repensar algumas coisas", disse Robson Caetano. "Agora tudo, com certeza, vai melhorar. Vão dar material e financiamento", previu André Domingos. "Vamos mudar muita coisa", disse o presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Melo. Ele prometeu mais intercâmbio e a vinda de técnicos cubanos, mas cobrou do governo mais rapidez na entrega de verbas (a estatal Telebrás patrocina o atletismo). Gesta declarou que a medalha não será usada para esconder problemas, mas ressalvou que "os problemas do atletismo são os problemas de todo o país". Os resultados dos brasileiros no atletismo foram fracos, e a medalha só veio no penúltimo dia de competição. Para Robson Caetano, uma possível medida é estabelecer índices classificatórios mais rigorosos para Olimpíadas, o que estimularia os atletas a se superarem. Veteranos O revezamento nacional tinha, pela ordem, dois veteranos com quatro Olimpíadas -Arnaldo de Oliveira, 32, e Robson Caetano, 31- e dois estreantes, Édson Luciano, 23, e André Domingos, 23. Eles estabeleceram novo recorde sul-americano (38s41) e ficaram atrás de Canadá e EUA. Os EUA não contaram com o astro Carl Lewis, que era reserva da equipe e fez pressão para participar do revezamento, de olho numa décima medalha de ouro olímpica. A derrota valeu críticas ao técnico Erv Hunt, por ter deixado de fora a experiência de Carl Lewis. Na prova de anteontem, Arnaldo de Oliveira passou o bastão a Robson Caetano em quinto lugar. Robson ganhou uma posição, e Édson Luciano, mais uma. André Domingos fechou a prova em 9s19, batendo a Ucrânia por 0s14. Texto Anterior: Público do futebol decepciona comitê organizador do torneio Próximo Texto: Como a largada é queimada Índice |
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