São Paulo, segunda-feira, 5 de agosto de 1996
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Segurança é precária em porto brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Os portos de Santos (SP) e Rio de Janeiro não dispõem de equipamentos para detectar bombas ou armas nas bagagens dos passageiros de cruzeiros marítimos.
Segundo o diretor-geral da Costa Cruzeiros no Brasil, Renê Hermann, na última temporada, a polícia passou a usar cães adestrados para localizar drogas nas malas.
Mas a procura por armas ou bombas, preocupação ampliada após a explosão do Jumbo da TWA em Nova York e do atentado na Olimpíada de Atlanta, não dispõe de equipamentos modernos, como os raios X.
A Polícia Federal no Rio reconheceu não dispor de equipamentos para fazer raios X das malas no porto, mas afirma que a segurança é igual à dos aeroportos.
O diretor-geral da Costa diz que a segurança interna dos navios é feita por israelenses. A reputação dos agentes dessa nacionalidade ainda é muito boa, apesar do assassinato do premiê Yitzhak Rabin.
Novidades
Na semana passada, a Cruzeiros Costa anunciou seus planos para a temporada de verão no Hemisfério Sul. Entre elas está a substituição do veterano navio Eugenio Costa pelo Costa Allegra, com apenas três anos de navegação.
O novo navio, gêmeo do Costa Marina, já conhecido dos "cruzeiristas" brasileiros, transporta 900 passageiros e 450 tripulantes.
Assim como a maioria dos navios dedicados aos cruzeiros marítimos, ele oferece bares, restaurantes, boates, cinema, salão de festas e, claro, cassino.
Esse conjunto de atrações extras pode elevar para até US$ 30 mil por dia, fora passagens, a rentabilidade de um navio, afirma Eduardo Magalhães de Souza, diretor comercial da empresa.
A temporada 96/97 do Costa Allegra na América do Sul vai começar no dia 9 de dezembro, com um cruzeiro entre Santos e Buenos Aires, de dez dias.
Já o Costa Marina será dedicado aos minicruzeiros, a nova tendência internacional do setor, com preços a partir de US$ 470.
Os primeiros passageiros embarcam no Rio em 30 de novembro para um cruzeiro de cinco dias, com o nome de Festa Italiana.
Hermann aproveitou o lançamento da programação da próxima temporada para divulgar os resultados da Costa Cruzeiros, quinta maior empresa de navegação marítima turística do mundo.
Em todo o mundo, a empresa faturou US$ 605 milhões em 1995, contra US$ 587 milhões no ano anterior. O lucro subiu de US$ 27 milhões em 1994 para US$ 30,843 milhões no ano passado. Cresceu ainda o número de passageiros transportados, de 280.674 para 298.683.
Na América do Sul, a Costa Cruzeiros registrou um faturamento global de US$ 17,6 milhões.

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