São Paulo, terça-feira, 6 de agosto de 1996 |
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Protesto pede condenação de acusados
SERGIO TORRES
O ato público deverá contar com a participação de artistas, fãs e representantes de ONGs (organizações não-governamentais). A manifestação marcará a inauguração de 14 outdoors espalhados pelas zonas sul, norte e central do Rio. O protesto ocorrerá em frente ao outdoor colocado na rua Muniz Barreto. Os outdoors trarão a última fotografia de Daniella Perez, tirada na porta do estúdio Tycoon, na Barra da Tijuca (zona sul). A foto foi batida por fãs que aguardavam a saída de artistas do estúdio, onde eram gravadas cenas da novela "De Corpo e Alma", escrita por Glória Perez, mãe de Daniella. Naquela mesma noite, a atriz -intérprete da personagem Yasmin- foi morta a golpes de tesoura em uma rua deserta da Barra da Tijuca. "E se fosse sua filha?" Nos outdoors haverá um texto de duas frases: "E se fosse sua filha? Chega de impunidade!". A instalação dos outdoors faz parte de uma campanha de mobilização da sociedade diante da proximidade do julgamento dos acusados Guilherme de Pádua e Paula Thomaz. No próximo dia 19, Pádua e a ex-mulher estarão sendo julgados no 2º Tribunal do Júri do Rio. Ele confessou o crime à polícia e à Justiça. Paula Thomaz sempre negou ter participado do assassinato. Segundo a ONG Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, já confirmaram presença na manifestação os atores Guilherme Karam e Eri Johnson, amigos de Daniella, e o grupo de dança Vacilou Dançou. Também foram chamados os artistas Miguel Falabella e Carla Daniel. Até a noite de ontem eles não tinham confirmado presença, segundo Cristina Leonardo, coordenadora da ONG. Influência Cristina disse que os outdoors custaram R$ 7.450. A quantia teria sido paga por três pessoas engajadas na "luta contra a impunidade", afirmou ela. Também deverão estar na manifestação representantes das entidades Mães de Acari, Mães da Cinelândia, Movimento Pela Vida, Associação das Vítimas da Violência, Casa da Paz e Núcleo Comunitário de Acari. O advogado de Pádua, Paulo Ramalho, disse que manifestações podem influenciar os jurados. "Em qualquer país civilizado isto não aconteceria", disse ele. Texto Anterior: Colégio pede um semáforo para pedestre Próximo Texto: Morre aos 83 arquiteto Igor Sresnewsky; Mulher é acusada de tentar matar os filhos; Polícia prende PMs acusados de roubo; Justiça suspende fotossensores no CE Índice |
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