São Paulo, quarta-feira, 7 de agosto de 1996
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Empresa explica mal como usar o micro

DA REPORTAGEM LOCAL

A chegada à casa do usuário leigo não significa que o computador tenha ficado mais fácil de usar.
"A maior parte das consultas que recebemos revela o desconhecimento da máquina. As pessoas querem mesmo é saber como é que ligam o equipamento", diz Maria Lumena Sampaio, diretora de atendimento ao consumidor do Procon de São Paulo.
Embora fabricantes de micros e produtores de software já estejam incluindo vídeos explicativos e programas tutoriais em seus produtos, persiste a dificuldade em assimilar a complexidade.
Como esse é um mercado que ainda está brotando, o consumidor fica nas mãos do vendedor. E acaba levando um micro com mais recursos do que necessita.
Os manuais contêm muitos termos técnicos sem tradução em português e ignoram que não existe nenhum outro equipamento que exija configuração de periféricos e instalação de drivers.
"É necessário material educativo, didático, que explique para que serve cada uma das partes e acessórios do computador e detalhe seu desempenho", diz Lumena.
A intenção do Procon é produzir um guia de compras de produtos de informática como os que foram feitos para auxiliar o consumidor na escolha de geladeiras e TVs.
As reclamações de consumidores de micros e programas ainda são pouco expressivas no Procon. Atraso na entrega do equipamento e problemas com cursos livres são as queixas mais frequentes.
Para a diretora do Procon, o computador ainda está cruzando a fronteira de produto de massa e encontra um consumidor constrangido em revelar ignorância.

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