São Paulo, quinta-feira, 8 de agosto de 1996 |
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Católicos fazem ensaio para greve Pesquisas indicam apoio dos trabalhadores DANIEL BRAMATTI
Ontem, já houve uma espécie de ensaio para o movimento. Fiéis católicos participaram da Marcha de Saint Cayetano, padroeiro do trabalho na Argentina. Cerca de 50 mil pessoas se concentraram nos arredores da igreja do padroeiro em Liniers, no interior do país. Uma pesquisa telefônica feita pela emissora de TV "Cable Visión Notícias" demonstrou alto índice de apoio à greve. Dos 15 mil consultados, mais de 10 mil anunciaram a intenção de aderir ao movimento. O governo também trabalha com a hipótese de adesão significativa. Relatórios de entidades empresariais indicam que a paralisação será maior no interior, onde os efeitos da crise são mais sentidos. Discurso duro Nas três paralisações realizadas desde que Menem assumiu o poder, em 1989, a figura do presidente sempre foi preservada. O alvo das críticas dos sindicalistas era o então ministro da Economia, Domingo Cavallo. A saída de Cavallo provocou o endurecimento do discurso contra o presidente. "A maior responsabilidade (pelas perdas dos trabalhadores) é do presidente, que reivindica a paternidade do atual modelo", disse o presidente da CGT, Gerardo Martínez. A central é controlada por militantes do Partido Justicialista (peronista), o mesmo de Menem. "Somos peronistas porque a maioria dos trabalhadores é peronista. Mas isso não significa que a CGT seja um apêndice do governo", disse Martínez. A CGT exige a anulação do decreto que reduziu ou eliminou o pagamento do salário-família. A greve também conta com o apoio das duas centrais de oposição ao governo -CTA (Congresso dos Trabalhadores Argentinos) e MTA (Movimento dos Trabalhadores Argentinos). Texto Anterior: BMW reduz preços de automóveis Próximo Texto: FMI revisa pacote fiscal Índice |
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