São Paulo, sábado, 10 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Oasis toca hoje para público recorde
IGOR GIELOW
São esperadas 120 mil pessoas no Knebworth Park, a 80 km ao norte de Londres. Todos os ingressos, a US$ 33,75, foram vendidos em menos de uma hora há dois meses. A banda toca de novo amanhã. O maior show do ano, até agora, ocorreu no Hyde Park (Londres) em 29 de junho. Atraiu 150 mil pessoas, a US$ 22,50. Só que reunia quatro superatrações: Bob Dylan, Eric Clapton, The Who e Alanis Morissette. Quando registrou "sold out", o show do Oasis sequer tinha as bandas de abertura anunciadas. Serão, a partir das 14h15 (10h15 em Brasília), alguns dos maiores nomes deste ano no pop britânico: Manic Street Preachers, Prodigy e Ocean Colour Scene -só para citar as bandas que têm álbuns entre os 15 mais vendidos no país. Ontem à tarde ainda era possível encontrar ingressos nas agências de tíquetes do West End londrino. Mas seria preciso desembolsar US$ 75 para ver o Oasis. Números Todo o hype montado sobre o show, ainda que apontado por críticos como artificial, tem algumas justificativas numéricas. A banda lançou seu primeiro CD, "Definitely Maybe", há apenas dois anos. O segundo, "(What's The Story?) Morning Glory", saiu no final de 1996, vendeu mais de 8 milhões de cópias e ainda está em quinto lugar na parada britânica. Somam-se isso duas bem-sucedidas turnês pelos EUA (há uma terceira programada para breve) e uma verdadeira febre entre os jovens no Reino Unido. Há quem considere o grupo como os "novos Beatles", ou até como superiores aos seus principais inspiradores. O letrista/guitarrista Noel Gallagher, apontado pela imprensa especializada britânica como o melhor da década, não nega a influência. Seu irmão Liam, o vocalista, soa como John Lennon. Para uma banda nova, duas biografias ("Round Their Way", de Mick Middles, Independent Press, US$ 15; "What's the Story?", Ian Robertson, Blake, US$ 10) parecem exagero precoce. E há a dupla Gallagher, coração e pulmão da banda de Manchester. Após infestar o noticiário de fofocas com histórias de uma adolescência baseada em roubo de toca-fitas, os dois agora cultivam uma imagem mais comportada -mas não menos arrogante. Seus membros usam botons com os dizeres "Maior Banda de Rock da Terra". Algo que hoje será a mais pura verdade, pelo menos para quem estiver entre os 120 mil que devem aportar em Knebworth (e o mesmo número amanhã). Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Inglaterra espera o 3º álbum Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |