São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996
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FHC assinou medida pró-banco estadual

WILSON SILVEIRA
COORDENADOR DE PRODUÇÃO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso assinou na quarta-feira a medida provisória dos bancos estaduais, que estava sendo estudada desde o início do ano.
Ainda não se sabe qual será o custo do programa. O cálculo depende, segundo o Ministério da Fazenda, da adesão dos Estados e do tipo de solução que os governadores pretendem adotar.
Eles poderão optar por quatro soluções: privatização, liquidação, transformação em agência de desenvolvimento e saneamento seguido de capitalização.
O governo federal vai financiar 100% das operações de liquidação e privatização.
A MP permite ao governador de São Paulo, Mário Covas, negociar a devolução do Banespa ao Estado.
É possível negociar os R$ 4 bilhões restantes da dívida (do total de R$ 19 bilhões) nos mesmos termos do acordo fechado em dezembro de 95 para os R$ 15 bilhões.
Esse acordo estipula que o Tesouro refinanciará metade da dívida por até 30 anos. Os outros R$ 7,5 bilhões serão pagos com bens.
Obras
FHC reuniu seu ministério na sexta-feira para anunciar um plano de investimentos de R$ 54,36 bilhões em 42 obras, em 97 e 98. Até serem concluídas, essas obras custarão R$ 79,34 bilhões.
Os projetos dependem de investimentos privados (R$ 12,77 bilhões), empréstimos externos (R$ 3,70 bilhões) e de Estados e municípios (R$ 2,97 bilhões).
Na segunda parte da reunião, fechada à imprensa, o ministro Pedro Malan (Fazenda) disse que o déficit do Tesouro ainda preocupa e que é preciso cortar despesas.
O ministro do Planejamento, Antonio Kandir, afirmou que o plano vai gerar 1,5 milhão de empregos em dois anos. FHC afirmou que é "ridículo" pensar que o plano de metas pretende obter resultados eleitorais.

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