São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hipismo não exige juventude nem fortuna

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A medalha olímpica despertou novas paixões pelo hipismo, esporte que aceita iniciantes de todas as idades e ganha espaço no meio empresarial brasileiro.
Manfred Feig, 57, presidente da Hoechst Marion Roussel, maior empresa farmacêutica do país, começou a cavalgar aos 30 anos. Não largou mais.
Neste final de semana, ele participa de mais uma etapa da Taça São Paulo de Enduro, em Amparo (interior de SP). "O cavalo nos ensina a enfrentar os desafios dos negócios", diz Feig.
A paixão pela montaria se estende também por toda a família Gerdau. O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, 59, presidente do grupo, é adepto do hipismo.
Seu filho André, 33, gerente de reengenharia do grupo, foi um dos quatro a ganhar a medalha olímpica de bronze na prova por equipe.
Waldir José Sampaio, 47, superintendente do Banco Cidade, abriu há cinco anos uma hípica, motivado pela paixão da filha pelos cavalos. "É o melhor esporte para tirar a tensão do dia-a-dia. Ando todos os finais de semana."
O empresário começou a montar tarde, aos 42 anos, provando a tese de que idade não é problema para quem quer ver o mundo do alto de um cavalo. "O atual campeão mundial tem 52 anos", diz o coronel Renindo Ferreira, 73, treinador particular que já representou o Brasil em quatro olimpíadas.
Segundo Ferreira, não é preciso ter físico de atleta para iniciar a montaria. "O importante é o equilíbrio. Um cavalo grande comporta bem um cavaleiro alto e com uns quilinhos a mais", diz Caio Sérgio de Carvalho, treinador da hípica paulista.
Não é preciso também muito dinheiro para começar a montar. As escolas de equitação não exigem que o aluno tenha um cavalo ou seja sócio da hípica. "Depois, se o aluno se entusiasmar, ele investe no cavalo", diz Ferreira.
Para os iniciantes já com alguma idade, a recomendação é optar por um cavalo experiente. "Cavalo novo para cavaleiros velho, que já monta há muito tempom cinco anos. Com dez, já era campeão brasileiro por equipe. Na adolescência, dava aula particular de equitação. Nessa época, um amigo me chamou para treinar seus cavalos na sua fazenda. Topei e isso foi há 14 anos. Mais tarde, viramos sócios e abrimos a Side Walk (loja de sapatos). Tive de vender o cavalo p

Texto Anterior: Embratel se irrita com serviço da AT&T
Próximo Texto: DEPOIMENTO
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.