São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996
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Ladrão conhecia os hábitos de vítima

Gerente ficou amarrado por quatro horas

DA REPORTAGEM LOCAL

O gerente de locação da administradora de bens Taquari, César Augusto Ramalho, 28, viveu quatro horas de desespero, durante o assalto ao apartamento de sua mãe, no final de 94.
Ele foi abordado no carro, enquanto esperava o sinal de trânsito abrir, por volta das 8h30.
"A pessoa estava bem vestida e fingiu que ia atravessar a rua."
O ladrão o acompanhou até o prédio onde morava sua mãe, a decoradora Vera Lúcia, 49, que estava viajando.
Entraram de carro pela garagem. O porteiro abriu o portão e não notou nada.
Ramalho ficou amarrado com fio de telefone por quatro horas. Somente quando o ladrão foi embora, ele conseguiu fazer uma ligação telefônica.
"O assaltante bebeu tudo o que podia, ficou no apartamento até umas 11h e disse que precisava de dinheiro para contratar um advogado e tirar o irmão da cadeia", conta Ramalho.
Além de dinheiro, o assaltante levou jóias, um aparelho de som, um talão de cheques e o carro de Ramalho, um Fiat Prêmio.
Rotina
Ele ia duas vezes por semana ao apartamento da mãe. "Ele sabia de tudo, desde a rotina da minha mãe até o horário em que eu chegava no prédio. Na verdade, pretendia assaltar minha mãe."
O edifício, de alto padrão, fica no Alto da Lapa (zona oeste de São Paulo) e não tinha nenhum sistema especial de segurança.
Depois do assalto, a garagem ganhou uma melhor iluminação e passou a ser aberta pelo próprio morador. Não houve mais assaltos, segundo Ramalho.
O gerente conta que registrou queixa em delegacia, mas nunca recuperou os bens ou soube do paradeiro do assaltante.

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