São Paulo, domingo, 11 de agosto de 1996
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Mercado interno sente efeitos

DA REDAÇÃO; DA REPORTAGEM LOCAL

A Gê Indústria e Comércio de Confecções só costura roupas para empresas locais. Para isso, Angelita Fernandes Magarotto, dona, trabalha com 24 funcionários.
Ela tem sentido efeitos das parcerias de confecções brasileiras no exterior. "A concorrência interna não é grande. Essa tendência é que tem prejudicado o mercado."
Mas Gê, como é conhecida, reconhece as deficiências do mercado interno. "No exterior, a roupa sai mais barata, além da boa qualidade do maquinário."
A empresária cobra de R$ 18 a R$ 25 apenas para confeccionar cada peça, enquanto a De Casta, dos EUA, entrega a peça pronta por US$ 89, incluindo o tecido.
Roberto Chadad, presidente da Abravest (Associação Brasileira da Indústria de Vestuário), considera a terceirização fora do país um aspecto político. "É um processo que cresce com a globalização."
Chadad afirma que a entidade tem recebido consultas de empresas dos EUA com interesse em confeccionar seus produtos aqui.
"Mas o setor não consegue emplacar devido aos custos da mão-de-obra. Eles acabam procurando o mercado asiático."
Ele afirma que a terceirização é uma tendência mundial. "Todos procuram custos menores para viabilizar a venda mais rápida."
A Abravest reúne 60 sindicatos regionais em todo o país, congregando cerca de 60 mil empresas. Desse total, segundo Chadad, 90% são micro e pequenas empresas.

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