São Paulo, segunda-feira, 12 de agosto de 1996
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Villeneuve vence e sobrevive no Mundial

JHM
DA REPORTAGEM LOCAL

Jacques Villeneuve manteve ontem suas chances no Mundial de F-1 ao vencer o GP da Hungria, no sujo asfalto de Hungaroring.
A vitória deixou o canadense a 17 pontos do companheiro Damon Hill, segundo colocado na corrida, faltando apenas quatro etapas para a conclusão da temporada.
A dobradinha coroou a conquista do oitavo título de construtores da Williams, capitaneada por Frank Williams e Patrick Head.
Com absurdos 90 pontos de vantagem sobre a Benetton, a equipe garantiu a taça por antecipação e igualou o recorde da Ferrari, até ontem, a maior vencedora entre as escuderias.
O dia foi mais uma vez negro para o time italiano. Depois de conquistar a pole no sábado, Michael Schumacher liderou a corrida por 18 voltas. Foi superado por Villeneuve na primeira rodada de pit-stops e por Hill, na terceira.
A sete voltas do final, o sistema de aceleração de sua Ferrari falhou e obrigou o alemão a abandonar pela quarta vez em cinco corridas.
Eddie Irvine, que havia se qualificado em quarto na sessão oficial, não completou nem metade da prova, oficialmente, devido a um problema de câmbio.
Apenas coadjuvantes nessa múltipla conquista da Williams, Jean Alesi, Mika Hakkinen, Olivier Panis e Rubens Barrichello completaram a zona de pontuação.
É a terceira prova consecutiva em que o piloto brasileiro marca pontos. Tal desempenho, no entanto, não está sendo suficiente para amenizar suas relações com a equipe Jordan.
Oitavo, atrás do japonês Ukyo Katayama, Ricardo Rosset comemorou sua melhor colocação na F-1. Na verdade, foi o último colocado. Mas com o mérito de arrastar seu Arrows até a bandeirada.
Pedro Paulo Diniz não passou da primeira volta. Foi atingido pela Tyrrell de Mika Salo e, com a suspensão traseira quebrada, teve forças apenas para voltar aos boxes.
Além de comprovar definitivamente a excelência técnica da Williams -apenas Alesi completou a prova na mesma volta que Villeneuve e Hill-, o GP da Hungria transformou o Mundial de 96 em uma disputa doméstica.
Ninguém mais, além do canadense, tem chances matemáticas de obstruir o caminho do piloto inglês ao título.

Com agências internacionais

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