São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

250 mil fãs vêem o Oasis na Inglaterra

IGOR GIELOW
DE LONDRES

O Oasis marcou de vez sua posição como principal fenômeno do pop britânico da década. Em dois shows, neste fim-de-semana, juntou 250 mil fãs no Knebworth Park (80 km ao norte de Londres).
O número é recorde. Nunca uma única banda havia juntado tanta gente no Reino Unido. Em 1969, os Rolling Stones atraíram 200 mil pessoas, mas como parte de um festival no Hyde Park.
No sábado e no domingo, havia bandas de peso comercial abrindo o concerto do Oasis, como o Manic Street Preachers, Ocean Colour Scene e Prodigy.
Porém, os ingressos já estavam vendidos havia duas semanas, quando as atrações extra foram anunciadas. O lucro: US$ 9 milhões, outro recorde.
O show
O Oasis entrou no palco, no sábado, faltando cinco minutos para as 21h e após um clipe com imagens da banda.
Liam Gallagher, o vocalista, vestia uma túnica branca. Seu irmão, o letrista-guitarrista Noel, deu o recado inicial: "Vocês sabem que estão fazendo história". E atacou com as primeiras notas de "Columbia", do primeiro álbum, "Definitely Maybe" (94).
A platéia, estranhamente, demorou para começar a pular. Isso só ocorreu mesmo, e de forma ensandecida, em "Supersonic" -a terceira música do show. Daí até o final, às 22h40 e 17 canções depois, apenas pulos e uníssonos.
"Roll with It", "Wonderwall", "Cigarettes & Alcohol" e "Don't Look Back in Anger" foram, se é possível destacar, os pontos altos.
Inéditas e Lennon
A banda apresentou duas músicas inéditas no show, ambas na linha menos melódica do primeiro álbum, "My Big Mouth" e "It's Getting Better, Man".
O melhor do show, porém, foi reservado para o final, quando o Oasis tocou "Live Forever" em frente a um videowall de 100 metros quadrados que apresentava imagens de ídolos mortos do pop.
Noel tocou de costas para a platéia, reverenciando os ídolos.
Obviamente, o último a aparecer foi John Lennon -para quem Liam Gallagher, arrogante mesmo quando fala dos Beatles, se curvou repetidamente.
Na sequência, o grupo saiu do palco. Voltou para o bis com "Champagne Supernova".
Mais surpresa: a guitarra principal, que no álbum "(What's the Story?) Morning Glory" é tocada por Paul Weller, foi conduzida pelo ex-Stone Roses John Squire.
Mais uníssono, seguido por uma jam musical que desembocou em "I Am the Walrus", dos Beatles.
No fim, fogos de artifício que bateram, em espetáculo, os usados pelos Stones na turnê de "Voodoo Lounge".
Houve muita confusão na saída dos shows, mas nada grave. Nos dois dias, 2.000 pessoas foram atendidas em postos médicos.

www.oasisinet.com: o endereço do Oasis na Internet oferece fotos inéditas e áudio dos shows da Escócia, de 3 e 4 de agosto

Texto Anterior: Nestlé premia escritores 'consagrados' e 'inéditos'
Próximo Texto: Banda fez o show do ano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.