São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 1996 |
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Computador reintegra ao mercado de trabalho
LUCIA REGGIANI
Mas ele resolveu lutar. Do assalto, em 1991, até agora, Pellegrini vem buscando soluções que o mantenham independente, trabalhando. Até fez as pazes com o computador. "Antes do assalto, achava loucura o quanto meus amigos programadores se envolviam com a informática e me dediquei à telefonia. Hoje, o micro é a central de operações da minha casa." Pellegrini comanda, pelo micro 486DX4 sem marca, o aparelho de som e a TV, atende o telefone em viva voz e cumpre metade de sua jornada de oito horas de trabalho no Metrô de São Paulo. A outra metade, ele faz questão de cumprir no escritório, adaptado às suas necessidades. "Posso mandar meus textos por fax/modem, mas não quero perder o contato com as pessoas." No Metrô, Pellegrini utiliza um micro 486, suporte para telefone, haste para digitar com a boca e uma cadeira motorizada alemã, com controle programável. Cursos A Laramara, associação de assistência ao deficiente visual, iniciou neste mês um curso de informática que vai da introdução ao aprendizado de uma linguagem. Como os seis alunos dessa primeira turma, são cegos os três professores que se revezam nas aulas diárias, de duas horas. A idéia, segundo Eliana Ormelezi, coordenadora dos cursos do Laramara, é fornecer ao cego algo que facilite a sua vida. Caso os alunos turma se interessem, serão dados cursos profissionalizantes. A Laramara utiliza seis micros 386 com sintetizadores de voz Juno e Apollo e sistema operacional "DOSVox". A clínica de fisioterapia da Unicid (Universidade da Cidade de São Paulo) está formando turmas do curso de computação para pessoas com lesão na medula. Os cursos da Unicid também são ministrados por professores deficientes físicos. (LR) Onde saber mais - Laramara: tel. (011) 826-9108; Unicid: tel. (011) 941-3499 Texto Anterior: A pesquisa Próximo Texto: Acessórios apóiam movimento Índice |
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