São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 1996 |
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Sistema ajuda a ensinar cérebro
LUCIA REGGIANI
Pessoas que perderam a capacidade de sentir o lado esquerdo do corpo em consequência de lesão no lado direito do cérebro, por exemplo, encontram no Neuroeducador um meio de ampliar o comando voluntário sobre os músculos parcialmente paralisados. O aparelho, equipado com processador e monitor, capta, por meio de eletrodos colocados sobre a pele, os sinais elétricos emitidos pela contração do músculo e constrói gráficos em tempo real. É o que se chama de biofeedback por computador. Primeiro, é medido o movimento do músculo em que há sensibilidade. Depois, pede-se ao paciente que reproduza o movimento com o músculo que ele não sente. À medida que contrai o músculo, o paciente vê o resultado de seu esforço. O estímulo visual é enviado ao cérebro, que, com o tempo, aprende a gerar impulso com força suficiente para mover o músculo. Na Fundação Selma, que dispõe de um desses aparelhos, os exercícios realizados são transferidos para um microcomputador, que registra os resultados em um relatório sobre o paciente. Como trazem muita informação, as sessões de exercícios são realizadas, no máximo, uma vez por semana. Essa é a periodicidade das sessões de Osmar Santos, um dos melhores locutores de futebol que o país já teve. Osmar perdeu 5% da massa encefálica em um acidente de automóvel em dezembro de 1994. Ele vem utilizando o biofeedback -e obtendo bons resultados- desde o início deste ano. (LR) Onde saber mais - Fundação Selma: tel. (011) 241-3141 Texto Anterior: Acessórios apóiam movimento Próximo Texto: Cadeira inteligente dá liberdade Índice |
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