São Paulo, quarta-feira, 14 de agosto de 1996
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EUA põem tropas na Bósnia em alerta

Estão de prontidão 60 mil soldados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A evidência de possíveis atentados levou os Estados Unidos a manter os seus soldados na Bósnia em estado de alerta máximo.
"Temos visto pessoas tentando pesquisar alguns campos e temos informações que nos levam a acreditar que possa haver ameaças contra instalações americanas na Bósnia", disse o Pentágono.
Segundo uma autoridade dos EUA, todos os 60 mil soldados da força de paz liderada pela Otan (a aliança militar ocidental) na Bósnia estão em estado de alerta, não apenas os 20 mil americanos.
O Pentágono também afirmou que o alerta na Bósnia era semelhante ao dos soldados americanos na Arábia Saudita desde o dia 25 de junho, quando 19 militares dos EUA morreram em um atentado.
Anteontem, o comandante de um posto de vigilância de Tuzla (norte) havia afirmado que uma carta de supostos terroristas iranianos tinha sido interceptada.
A carta citaria um atentado contra um alojamento americano perto de uma ponte em agosto. O comandante também disse que um carro Mercedes-Benz com explosivos estava sendo procurado.
Ontem também, a Otan disse que manteria precauções de segurança no território controlado pelos sérvios por alguns dias, mesmo depois da inspeção de um arsenal.
A segurança havia sido reforçada de forma que possibilitasse ataques contra alvos sérvios e impedisse a tomada de reféns, como ocorreu no ano passado.
Segundo o comando dos soldados em terra da Otan, a inspeção, que havia sido barrada no sábado pelos sérvios, foi um "sucesso". O veto sérvio havia levado ao reforço na segurança das tropas.
Havia suspeitas de que os sérvios tivessem barrado a inspeção em Han Pijesak (nordeste) porque o local seria o quartel-general do comandante militar dos sérvios da Bósnia, Ratko Mladic.
Mladic, acusado de crimes de guerra, não foi encontrado no local na hora da inspeção da Otan.

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