São Paulo, quinta-feira, 15 de agosto de 1996
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Dornelles quer criar novo órgão para café

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Ministro promete a produtores mineiros agilizar a criação de conselho com representantes do setor

Dornelles promete criar novo órgão para café
O ministro da Indústria e do Comércio, Francisco Dornelles, comprometeu-se ontem com produtores mineiros de café a agilizar a criação do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira.
O conselho, ao contrário do extinto IBC (Instituto Brasileiro do Café), seria composto não apenas por pessoas do governo, mas também por representantes do setor privado ligados à produção, comercialização e exportação de café.
"Tenho simpatia e manifesto meu apoio à criação do Conselho Deliberativo com participação do setor privado. Acho muito importante o setor privado brasileiro e mineiro participarem da formulação da política do café", afirmou.
Dornelles recebeu um documento com quatro reivindicações dos produtores e se comprometeu a analisar "com profundidade" os problemas do setor.
Juros
Além da agilização na criação do conselho, os produtores querem a redução da taxa anual de juros nos financiamentos para 12% e a liberação total dos recursos para o financiamento da produção deste ano (R$ 250 milhões).
"R$ 100 milhões já foram liberados. Os outros R$ 150 milhões serão liberados na medida em que entrarem os recursos do Funcafé", disse.
Sobre as taxas de juros, Dornelles afirmou que essa questão não está na esfera do seu ministério, e que a redução para 12% será discutida "no contexto da política financeira do governo".
Os produtores pediram também o estabelecimento de preços de liberação de estoque para que se consiga compatibilizar formação de estoques e melhor preço.
Como produtor
Também participou do encontro o ministro da Agricultura, Arlindo Porto.
Ele afirmou que, "falando como produtor e não como ministro" já que o café não está vinculado ao seu ministério, considerou "legítimas" as reivindicações dos produtores.
Dornelles disse que já comunicou a Porto que quer tratar do assunto café com a sua colaboração.
"Eu não posso abrir mão da colaboração, da competência do ministro Arlindo Porto. A quatro mãos, vamos examinar todos os problemas dos agricultores, seja na produção, na comercialização e na exportação", afirmou o ministro.

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