São Paulo, sexta-feira, 16 de agosto de 1996 |
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Grupo de Ribeirão ajuda na organização
RITA MAGALHÃES
O movimento foi criado em junho passado em Ribeirão Preto (319 km a norte de São Paulo) e conseguiu paralisar as atividades da cidade para chamar a atenção para o problema. O protesto de amanhã está sendo organizado pelo movimento antiviolência Reage São Paulo. A idéia da parceria surgiu depois que o empresário Benedito Nibi Ribeiro, um dos líderes do movimento ribeirão-pretano, procurou Albertina Café Alves para oferecer apoio na campanha contra violência paulistana. Albertina é tia da universitária Adriana Ciola, morta durante assalto em São Paulo, no último sábado, e uma das pessoas que está encabeçando o movimento. Segundo Nibi, o objetivo da parceria é a troca de experiência entre os dois movimentos e a concessão de apoio ao movimento da capital, que vai ser lançado na missa de sétimo dia de Adriana. Criação O Reage Ribeirão foi criado no último mês de junho em protesto contra a violência urbana de Ribeirão Preto e principalmente contra a onda de assaltos ao comércio da cidade. A Polícia Civil registrou uma média de 15 assaltos diários em estabelecimentos comerciais nos meses de abril, maio e junho. As casas mais visadas eram as padarias, postos de gasolina e casas lotéricas. Em menos de 20 dias, entre maio e junho, três pessoas foram assassinadas na cidade em assaltos no comércio. Apoio Para coibir a violência, o Reage Ribeirão procurou apoio de representantes de todas as categorias do comércio. A campanha antiviolência envolveu também as polícias Civil, Militar e Federal. No último dia 26 de junho, ápice do movimento, 80% do comércio dos principais corredores da cidade parou por uma hora. No mesmo dia, todos os ônibus deixaram de circular na cidade, como forma de protesto contra a violência. Texto Anterior: "Sociedade deve se mobilizar" Próximo Texto: 'Alguém precisa gritar', diz pai Índice |
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