São Paulo, sábado, 17 de agosto de 1996
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Empresários ampliam apoio a campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

A campanha antiviolência em São Paulo recebeu ontem o apoio de outras entidades empresariais, como o PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais) e o Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria).
Anteontem, o movimento havia recebido a adesão da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que deve enviar um representante à missa de hoje em memória de Adriana Ciola.
Na próxima segunda-feira, a diretoria da Fiesp se reúne e, segundo a assessoria de imprensa, vai levantar iniciativas para a continuidade da campanha.
Também apóiam o movimento a Força Sindical e Associação Evangélica Brasileira. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) também deve aderir. Faculdades de São Paulo, como a Getúlio Vargas, estão dispostas a participar.
"Queremos ser soldados nessa guerra contra a barbárie e vamos lutar por uma São Paulo mais humana e com paz", declarou Joseph Couri, presidente do Simpi.
Couri afirmou que a entidade vai participar de todos os atos que surgirem. Ele disse ainda que não se pode combater a violência com mais violência.
O empresário disse que uma faixa branca, cor símbolo da campanha, será colocada na sede do sindicato, na esquina das avenidas Rebouças e Brasil.
Grupo de estudos
"Nós vamos participar, mas ainda não sabemos qual será nosso envolvimento", afirmou Ricardo Young, um dos coordenadores do PNBE. Segundo ele, a entidade está montando um grupo de estudos sobre a violência na cidade.
Os trabalhos do grupo devem começar na próxima quinta-feira. "Vamos elaborar um documento com uma série de propostas que será encaminhado a outras entidades e autoridades competentes."
O grupo de apoio às famílias vítimas da explosão no Osasco Plaza Shopping, onde 42 pessoas morreram no dia 11 de junho, também deve enviar um representante no lançamento da campanha. "Acredito que dá para unir as duas lutas. Esse é o momento de as pessoas se unirem", afirmou Sandra Nogueira, coordenadora do grupo.
Outras cidades
Os parentes e amigos do estudante Rogério Bozelli Dutra, 24, assassinado anteontem em um bar de Jundiaí (60 km a noroeste de SP), estão querendo organizar um movimento contra a violência como o Reage São Paulo.
O Lions Club de Santos também pretende mobilizar as entidades da cidade para a criação de um movimento Reage Santos.

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