São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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"Me apaixonei por um travesti"
DA REPORTAGEM LOCAL Transar com travestis ou transformistas foi uma experiência inesquecível para essas mulheres. "Conheci a Gabriela (nome do travesti) em uma festa no circo-escola da Cidade Jardim (zona sul de São Paulo)", conta a estudante Lidia Monteiro Brito, 18."Foi a primeira vez que tive contato tão próximo com um travesti. Ela me levou para a Proibidus (boate do centro frequentada por travestis) e namoramos um mês." Lidia conta que, sexualmente, os travestis são mais atenciosos. "Eles conhecem e gostam do universo feminino. Sabem o que fazer para satisfazer uma mulher." Ela diz que prefere frequentar ambientes como a Proibidus porque se sente especial. "Sou praticamente a única mulher que frequenta a casa. Nos outros lugares, seria mais uma menininha." Lidia se define como patricinha e diz que não precisou se masculinizar para atrair os travestis. "Foi muito bom descobrir que alguns travestis gostam e até transam com mulheres", conta. Para a telefonista Luciene Vieira, 22, que está apaixonada pela transformista Cintia, o "homossexual caricato" tem a sensibilidade de uma mulher, com um algo a mais. Ela diz que foi casada com um heterossexual. "Mas me sinto muito melhor hoje." Texto Anterior: Insistem em seguir e vigiar Próximo Texto: Salto plataforma alonga pernas Índice |
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