São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Marcas da Olimpíada

TELÊ SANTANA

A Olimpíada acabou, mas deixou suas marcas no futebol brasileiro.
Zagallo agora voltou a convocar os "estrangeiros", que podem, com sua experiência, dar força à equipe nos amistosos contra Rússia e Holanda.
Tirou ainda Rivaldo, que não se apresentou bem nos Estados Unidos. Se ele se recuperar, pode ter nova chance.
Mas nem tudo é novidade. Zagallo continua não convocando Romário.
Ele é um excelente jogador, mas sou da opinião de que alguma coisa aconteceu na Copa de 94 que fez Zagallo descartá-lo das convocações.
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A Olimpíada também deixou suas marcas no Campeonato Brasileiro.
O fracasso do nosso futebol desanimou os torcedores. O resultado é o que estamos vendo: estádios vazios, jogos sem muita emoção, poucos gols.
O Palmeiras, a grande sensação do futebol brasileiro no primeiro semestre, decaiu neste início de campeonato.
O time está sem a mesma volúpia do início do ano.
De resto, como se classificam 8 dos 24 times para as quartas-de-final, a competição deve demorar um pouco para esquentar.
A única vantagem que vejo no Brasileiro é o fato de uma vitória valer três pontos. Com esta medida, os clubes tendem a atacar mais. Quem empata um jogo não ganha um ponto, perde dois.
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Ainda falando da Olimpíada, o Brasil tem a chance de receber os Jogos de 2004.
Quero manifestar aqui meu apoio ao Rio de Janeiro. A cidade tem condições de abrigar a Olimpíada.
Trata-se de uma bela cidade, nada mais justo do que ser a sede em 2004.
Vamos esperar, torcer e trabalhar para que isto aconteça, porque abrigar a Olimpíada não é para qualquer um.
Para os leitores que tentaram me contatar via Internet e não conseguiram, vou verificar se houve algum problema com meu e-mail.

O técnico Telê Santana, 64, escreve na Folha aos domingos

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