São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Polícia alcança poucas vitórias
DA "SEMANA" O balanço do combate aos sequestros não é nada animador. A reação mais comum das famílias diante das ameaças de morte dos sequestradores é pagar.Em 1994, as autoridades resgataram 6% das vítimas de sequestros reportados, proporção que se elevou para 20,6% no ano passado. Hoje, os grupos de combate a sequestros foram regionalizados. O que apresentou melhores resultados foi o de Bogotá: dos 45 casos de sequestro com que trabalhou em 1996, conseguiu resgatar, sãs e salvas, 17 vítimas. Prendeu 60 sequestradores nessas operações, dos quais cinco são chefes de quadrilhas. Entre os sequestradores presos, 20% -12 pessoas- estão com julgamento encaminhado, correndo o risco de serem condenadas a penas superiores a 40 anos. Segundo a Procuradoria Geral, se a média de eficiência do grupo de Bogotá é de 40%, levando em conta as vítimas salvas e as prisões efetuadas, a eficiência de outros grupos, especialmente aqueles de áreas rurais, não chega a 10%. O calcanhar de Aquiles dos grupos continua sendo o processo judicial, que, além de levar anos, resulta na condenação de apenas 2% dos sequestradores. A reação mais importante da sociedade foi a criação da Fundação País Livre, em agosto de 1991, pelo jornalista Francisco Santos Calderón, um ex-refém. Esta fundação move ações em diferentes campos, promove campanhas, faz convênios com entidades nacionais e internacionais um acompanhamento permanente do problema, alertando o Estado e a opinião pública sobre deficiências no combate ao crime. Texto Anterior: Paquistão fica em 2º lugar Índice |
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