São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Um reino de comida Livro infantil faz relembar festas de criança com muito churros e brigadeiros POR RITA LOBO Certa vez, um sujeito me disse: "A maior alegria de um melhor amigo é consolar o outro". Well, é bem possível que ele jamais tenha tido a oportunidade de ter, ou ser, um grande amigo. Acho que dividir tristezas, fracassos ou dúvidas faz parte. E, também, tão importante quanto, é aplaudir conquistas e vitórias do outro. Desencontros acontecem. E o povo diz que, se não detonarem de vez, eles fortalecem as relações. E você sabe, "a voz do povo é a voz de Deus". Então, você pergunta: "E eu com isso?". Afinal, tudo o que você quer é uma boa receita, uma sugestão, uma novidade, ou mesmo relembrar um prato, um costume esquecido. Mas superar limites, obstáculos e cultivar boas amizades é tão gratificante que não resisti. Mariana, minha amiga de fé e irmã camarada, escreveu um livro infantil -assim como nós- que em breve sairá do forno. A história se passa em um reino onde tudo é feito de comida. O sol é de bala de ovo, a lua é de mel, as nuvens, de algodão doce, e os rios, de chocolate. Entre as personagens estão o menino Suspiro, que é apaixonado pela vida e pela inquieta Pipoca. O cachorro Laricão, tão guloso que vive deitando e rolando em poças de mostarda e catchup. No final da história, o rei Ape Tite acaba transformando a Bruxa Anoréxica, "com receitas que ela nunca tinha experimentado, como maçã do amor, beijinho e sonho", em uma linda princesa, com cabelos de fios de ovos. Mariana e eu ficamos lembrando o que nós gostávamos de comer nas festas de aniversário, quando éramos "criançudas". Brigadeiro, beijinho e bicho de pé. Algodão doce, suspiro e muita jujuba. Sorvete, paçoquinha e calda de chocolate quente. Pipoca, milho cozido, pão de queijo, croquete e batata frita. Hamburguinho, minicachorro-quente e minipizza. Mas se eu bem me lembro, tudo isso poderia ser trocado por uma barraquinha de churros. Na semana passada, saindo do supermercado no Shopping Iguatemi, me deparei com uma e voltei à infância quando, depois de já ter comida metade, pedi à vendedora que colocasse ainda mais doce de leite. Perguntei a alguns amigos o que não pode faltar em festa de criança. Os mais engraçadinhos, prefiro ocultar os nomes, citaram: "Muito uísque para os pais e, para os filhos, uma babá bem gostosa". E pode? Já o "papi" João Armentano tem o endereço certo. Ele é responsável pelo projeto do bufê infantil mais bacana da cidade, o Billy & Willy. Se não fizesse as festas dos filhos lá, João não deixaria faltar "tema" nas festas, que, segundo ele, é o que mais interessa para a criançada. E, é claro, muito brigadeirO. Texto Anterior: As brasileiras que valem ouro Próximo Texto: para enfrentar o frio de SP Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |