São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Índice
Eleições atrasam processos no Pará Decisão sobre a Vale está parada ESTANISLAU MARIA
Sem um quadro próprio de magistrados, a Justiça Eleitoral "toma emprestado" da Justiça comum seus juízes. Segundo a lei, o processo eleitoral tem prioridade. No Fórum de Curionópolis estão 174 pedidos de candidaturas e duas impugnações. "Estou me desdobrando para acompanhar os casos do massacre e do garimpo mas, dedicação exclusiva, só mesmo depois de 3 de outubro", disse o juiz local, Laércio de Almeida Larêdo. Na última quinta-feira, ele aceitou a denúncia do Inquérito Policial Civil do massacre que resultou na morte de 19 sem-terra em Eldorado do Carajás, em abril. Serão processados 155 policiais militares acusados de abuso de autoridade; um civil, acusado de co-autoria de homicídio e lesões corporais; e três sem-terra, acusados de porte ilegal de arma, lesões corporais e resistência a ordem judicial. A reintegração de posse da fazenda São Francisco, em Eldorado do Carajás, aguarda uma decisão desde o dia 9 de julho. Segundo os proprietários, que moram em Bebedouro (SP), a fazenda foi invadida por homens armados em 19 de junho. A direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) informou não ter ligações com o grupo. Larêdo disse que pediu ao Tribunal de Justiça a indicação de um juiz auxiliar entre os 23 aprovados em concurso, ainda não nomeados, mas não foi atendido. "Falta verba para nomearmos os aprovados nos concursos", disse o presidente do Tribunal de Justiça, Manoel de Christo Alves. "Espero um repasse da arrecadação do Estado para poder empossar os novos juízes." Texto Anterior: Poucos políticos usam a rede Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |