São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Engarrafador troca Pepsi pela Coca-Cola

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um acordo fechado na semana passada entre o grupo Cisneros, distribuidor há 50 anos da Pepsi Cola na Venezuela, e a concorrente Coca-Cola pode tirar a Pepsi do mercado venezuelano de refrigerantes, no qual até hoje é líder absoluta com 87% das vendas.
No sábado, a matriz da Pepsi avisou, nos Estados Unidos, que pretende entrar na Justiça para receber US$ 100 milhões do grupo Cisneros a título de indenização pela quebra do contrato.
Sem concorrência
O diretor da Pepsico, Keith Hughs, afirmou que a decisão do grupo venezuelano elimina completamente a livre concorrência no mercado de refrigerantes da Venezuela.
Segundo o jornal "El Nacional", de Caracas, a Coca Cola está disposta a cobrir os US$ 100 milhões que a Pepsi pretende cobrar de Oswaldo Cisneros, um dos controladores do grupo.
A aliança entre a Coca e o grupo Cisneros é um duro golpe para os planos de expansão da Pepsi na América Latina. A Venezuela é o único país da região em que a Pepsi vende mais do que sua principal concorrente, a Coca-Cola, detendo controle quase que absoluto da situação.
Novo sócio
As informações de Caracas são que agora a Pepsi busca um novo sócio para atender o mercado consumidor venezuelano.
Entre os possíveis novos aliados da Pepsi na Venezuela, estão os grupos Empresas Polar e a empresa brasileira Brahma, segundo boatos que circularam no final de semana na capital venezuelana. Nos últimos anos, desde que seu controle foi comprado pela empresa de participações GP Investimentos, dos mesmos sócios do Banco Garantia, a Brahma começou a se expandir em outros países da América Latina.

Texto Anterior: Concorrência contra-ataca
Próximo Texto: É hora de repensar o franchising
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.