São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996
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Ieltsin pode ser operado esta semana

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente russo Boris Ieltsin pode ser operado nos próximos dias em uma clínica suíça, segundo a revista norte-americana "Time". Ieltsin estaria com graves problemas cardíacos.
A revista atribui a informação a uma fonte anônima. A "Time" também diz ter obtido um relatório médico, datado de 1º de junho, que pedia "providências urgentes" em relação à saúde do presidente russo.
No ano passado, Ieltsin foi internado para tratar de problemas cardíacos. Desde julho, quando foi reeleito, o presidente pouco tem aparecido em público.
Segundo a reportagem, Ieltsin teria deixado de tomar seus medicamentos e teria voltado a beber muito, o que piorou sua saúde.
Na sexta-feira passada, o porta-voz da presidência, Sergei Iastriembski, havia dito que Ieltsin está procurando um lugar para passar férias, "não muito longe de Moscou, onde deverá fazer um exame médico completo".
Tchetchênia
O secretário do Conselho de Segurança russo, Alexander Lebed, afirmou ontem a uma TV russa que a "Rússia deve concordar com o fim do conflito na Tchetchênia de maneira incondicional".
Lebed, que também foi encarregado pelo governo russo das negociações com os tchetchenos, disse também que o país não tem condições de prosseguir a guerra na região e que, se o conflito não acabar, a "Rússia terá de enfrentar outras 15 Tchetchênias".
Lebed voltou a afirmar que "um dos principais responsáveis pela tragédia na Tchetchênia" é o ministro do Interior da Rússia, Anatoli Kulikov.
Kulikov foi confirmado no cargo na semana passada por Ieltsin, o que significou uma derrota para Lebed, que queria sua demissão.
No sábado foi firmado um cessar-fogo entre o general russo Constantin Pulikovski e o líder tchetcheno Aslan Maskhadov.
Ontem, no entanto, as duas partes em conflito se acusavam de romper a trégua. Os russos dizem que o cessar-fogo é válido somente para a capital tchetchena, Grozny.
Russos e tchetchenos discordam também sobre o ponto do acordo que determinava a composição da comissão que observaria o respeito à trégua.

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