São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996 |
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Capital da vela ganha ouro na Olimpíada
LAURA MATTOS
Robert Scheidt, 23, é bicampeão mundial e foi ouro na classe Laser. Como não poderia deixar de ser, ele tem uma casa em Ilhabela, onde passa finais de semana e férias desde os dois anos de idade. Nesta entrevista, Scheidt fala do turismo na ilha, do esporte no Brasil e da possibilidade de abandonar o iatismo e se tornar administrador de empresas. (LAURA MATTOS) * Folha - Ilhabela é realmente a capital da vela no Brasil? Robert Scheidt - Com certeza. Eu treino na represa do Guarapiranga, mas a velejada na cidade de São Paulo deixa muito a desejar. Folha - O que você acha do turismo na ilha? Scheidt - As pessoas que têm casa na ilha já estão preocupadas com os prejuízos do turismo. Quando eu era pequeno, pescava siri no saco Grande (lado norte). Hoje o local está muito poluído. O turismo deve ser bem planejado, para preservar a riqueza natural da região. Na verdade, eu torço para que os borrachudos continuem por lá e para que o serviço da balsa não melhore nem um pouco. Só assim Ilhabela não será invadida. Folha - Quais são seus planos, depois do ouro na Olimpíada? Scheidt - O contrato com meus patrocinadores vence em novembro. Mas acho que neste ano vou fazer estágio e me formar em administração de empresas. Folha - E os treinos? Scheidt - Por mais sucesso que eu tenha conseguido com o iatismo, ainda é complicado praticar esse esporte no Brasil. Existe a possibilidade de eu me tornar um administrador de empresas. Folha - Por que você começou a velejar? Scheidt - Comecei a velejar em Ilhabela. Minha família sempre foi ligada à vela. Texto Anterior: Ilhabela une montanha, vela e praia Próximo Texto: Medalha gera mais assédio Índice |
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