São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 1996 |
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Covas se reúne com Fiesp
VICTOR AGOSTINHO
Serão contratados 588 carcereiros, 850 investigadores, 318 escrivães e 24 delegados. Em no máximo um mês, estarão circulando mil novos carros policiais. O envelope com o resultado da concorrência para a compra dos veículos será aberto hoje. Outros mil carros, que já foram licitados, deverão ser entregues antes, de acordo com o secretário da Segurança. Para o governador, a reunião serviu como uma espécie de preparação para um encontro, que vai acontecer hoje, entre ele, Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio, e Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A reunião de hoje foi convocada por Covas, que ligou pessoalmente para Moreira Ferreira e para Szajman. Até o início da noite de ontem, Covas tentava integrar à reunião algum nome da área sindical. O objetivo do governador é aproveitar a mobilização generalizada de combate à violência -que culminou com a criação do Reage São Paulo- e costurar uma política de segurança pública que inclua indústria, comércio e trabalhadores. Com as contratações e compra de equipamentos, Covas vai mostrar hoje aos representantes do comércio e indústria que seu governo está fazendo a sua parte. O encontro de hoje acontece depois de tiroteio verbal entre o secretário da Segurança e os empresários, que acusam o governo do Estado de não ter uma política eficiente para conter a violência no Estado. Para o secretário, uma das principais razões para o aumento da criminalidade no Estado é o desemprego gerado pela indústria. Nos últimos 12 meses, só no Estado de São Paulo foram fechadas 281 mil vagas na indústria. Segundo José Afonso, "esse fogo de discussão é uma coisa normal". O secretário afirmou que não está interessado em polemizar com a Fiesp: "O que eu disse está dito. O que ele disse está dito. A Fiesp é uma entidade que merece toda a consideração, e seu presidente, meu respeito". José Afonso não vai participar do encontro de hoje. O secretário disse que não acredita que a troca de acusações com o presidente da Fiesp vá atrapalhar um entendimento do governo do Estado com os empresários. "Vejo com bons olhos a participação popular nesse processo. Falo popular porque suponho que isso vai incluir também o povão da periferia", disse. Cardápio A rede de restaurantes Galeto's pretende a partir deste fim-de-semana começar a colocar uma tarja branca em seus cardápios como forma de aderir à campanha antiviolência. A direção do Galeto's espera que na próxima semana as 12 lojas da rede estejam com a fita. Texto Anterior: Propostas para diminuir a violência Próximo Texto: Castor sai de batalhão no Rio e vai para casa; Assaltante é morto dentro de locadora; Indústria gaúcha integrará filme da ONU Índice |
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