São Paulo, quinta-feira, 22 de agosto de 1996![]() |
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"Please Kill Me" tem heroína, sexo e diversão
PATRÍCIA DECIA
Confiando na cronologia de McNeil, o prólogo foi a Factory de Andy Warhol e o Velvet Underground. "Warhol estabeleceu a imagem da jaqueta de couro preto e os óculos escuros. Ele roubou de James Dean e Marlon Brando e fez ídolos", afirma. Depois, vieram os Stooges, o New York Dolls, Patti Smith, Television, os Ramones e a revista "Punk", até que Malcom McLaren -após gerenciar os Dolls na fase final da banda- voltou para a Inglaterra e juntou os Sex Pistols. Toda essa história é contada sempre com a adição de muita heroína, muito sexo -várias groupies (garotas que acompanham as bandas) dão depoimentos- e diversão. "Nós ficamos durante três anos vivendo novamente esse período. E, em todas as entrevistas, percebemos que ninguém se arrependeu de ter vivido como viveu, apesar de o livro mostrar, com o final, que as coisas deram errado para muita gente, principalmente por causa da heroína", diz McCain. Segundo McNeil, o livro surgiu durante uma série de entrevistas com Danny Fields -que gerenciou várias bandas e trabalhou na indústria do disco na época- para um projeto não definido. O título foi tirado de uma camiseta feita em casa, usada por Richard Hell quando estava no Television. Polêmica Nas mais de 400 páginas da edição norte-americana, é possível encontrar versões polêmicas e engraçadas, como o depoimento de Angela Bowie sobre a gravação do disco "Idiot", por Iggy Pop e David Bowie. "Foi como uma lua-de-mel para os dois. Era nauseante -um estúpido inglês e um americano imbecil achando que iriam romancear a Alemanha." Além disso, você pode ficar sabendo que Dee Dee Ramone fazia ponto na rua 53 com a Lexington -o principal local de prostituição masculina de Nova York na época-, antes de entrar na banda, para ganhar algum dinheiro. Entre os entrevistados, estão ainda o poeta Jim Carroll ("The Basketball Diaries"), William Burroughs, Bebe Buell (ex-modelo e groupie e mãe da atriz Liv Tyler) e Mary Harron, que acabou de estrear como diretora e escrevia na revista "Punk" junto com McNeil. Texto Anterior: Disco ao vivo destrói mito Próximo Texto: O que aconteceu Índice |
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