São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996 |
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Sem dinheiro, PT corta funcionários
EMANUEL NERI
A própria candidata reconheceu ontem a gravidade da crise. "Falta de dinheiro do PT não é novidade. Novidade seria o contrário." O partido previa gastar R$ 4,3 milhões na campanha de Erundina. Mas a petista afirmou que nem a metade desse dinheiro entrou no caixa petista. A Folha apurou que a redução das contribuições financeiras, principalmente de empresários, acompanhou a queda da candidata nas pesquisas. Há falta de bandeirolas e panfletos para serem distribuídos nas ruas. O comando da campanha está pedindo aos militantes do partido improvisarem cartazes para colocarem em carros e residências. Erundina afirmou que o único setor que não sofrerá redução de gastos será a produção de seu programa de TV. Há previsões de um "rombo" de pelo menos 30% nas contas da campanha. O comando petista se reuniu na última terça-feira para fazer um balanço sobre a situação financeira da campanha. A conclusão é de que o quadro é dramático. O partido pretende lançar mão até de bingos para arrecadar dinheiro. Segunda crise Erundina tenta amenizar a crise. "O PT sempre foi assim. No fim é a militância que acaba bancando nossas campanhas", afirmou. Os petistas programaram panfletagem hoje na cidade com o pouco material de campanha que sobrou. Erundina tem um único comitê na cidade -na rua Estela, região central. Ali trabalham cerca de 30 funcionários. Mas há os chamados "comitês volantes" -50 kombis com alto-falantes que circulam pelos principais pontos da cidade. Na semana passada, a campanha sofreu sua primeira grande crise. A queda nas pesquisas gerou críticas ao estilo "light" do programa de TV. Celso Loducca, principal marketeiro de Erundina, se demitiu. Texto Anterior: Pitta usa o esporte para se promover Próximo Texto: Partido sente falta de Lula na campanha Índice |
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